quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Perguntas sem respostas!

           E temos tantas indagações. Perguntas sem respostas. E pensamos por que isso? Por que aquilo? Seria mais simples se...seria melhor com...Sentimo-nos às vezes injustiçados, outras vezes "abençoados". E nesse viés fica fácil entender o motivo de tantas crenças e religiões. Por mais que façamos tudo que está ao nosso alcance, nos sentimos vazios. E o vazio "deve" ser preenchido. E isso é trivial mesmo. Até nas coisas mais simples sentimos esse vazio; quando compramos algo que queríamos com muito afinco e finalmente conseguimos, a euforia, se houver, passa depressa, na maioria das vezes. (e não precisa ser nenhum especialista pra dizer o que estou dizendo). 

         Somos imediatistas??? Será mesmo??? De fato queremos tudo logo e a vida quase sempre diz um sonoro NÃO! (assim podemos pensar) Na verdade, somos "imediatistas futuristas", pois tentamos fazer o que dá pra ser feito no presente e sempre sonhamos com algo melhor no futuro. E isso é o que nos faz viver (pensar que a vida será melhor). Pensar que o futuro será pior é deprimente. Assim, por mais que queiramos ou sejamos altruístas, nossa preocupação verdadeira é com o próprio eu  (não que isso seja ruim, mas também, não é necessário pisar em ninguém). E para que sejamos "felizes" ou para que possamos "sobreviver" e não "subsistir"  (antes mesmo de nascer) somos submetidos a um manual de vida. 

         Devemos seguir passos, devemos ser bem educados, ir a escola, depois à faculdade e bingo, eureca, saravá!! Um ótimo emprego, agora sim. Você pode curtir o grana do seu labor e aproveitar a vida sem maiores responsabilidades (diga-se família, filhos, etc e não que isso deva ser feito após a obtenção de um emprego) ou como já dito, constituir família. Ter filhos, mimar os netos e morrer feliz. Amém! Enfim, isso é um modelo de manual entre os milhões que existem. A verdade é que somos impelidos a padrões sociais. Podemos modificá-los, não concordar ou simplesmente segui-los. O fato é que em algum momento o senso será realmente comum. 

      Qual o preço da felicidade? Dinheiro traz felicidade? Não. Então me dê o seu e viva feliz. Será que vivemos para comer ou comemos para viver?  Criamos um mundo de prazeres, porque viver é ter prazer. Cada um com seu jeito, seja ele normal, careta, bizarro, moral, imoral ou amoral. Mas a vida tem seu lado ruim:  a morte, a doença, o sofrimento, a desigualdade. Já dizia o poeta: "Tristeza não tem fim, felicidade sim".  A certeza da morte física é certa (pelo menos por enquanto), e para alguns haverá o céu e o inferno,  o juízo final, para outros a Terra é o céu e o inferno...

        O mundo gigante e ao mesmo tempo minúsculo. O tempo tão longo que passa em segundos. Talvez sejamos pedreiros, estudantes, ateus, à toas, funcionários públicos, concurseiros, garis, presidentes, amigos, rivais, chatos, legais, mudos, falantes, preguiçosos. Todos inquilinos da mesma casa.

     Talvez procuraremos a pessoa certa a vida inteira, talvez já a conhecemos. Talvez tenhamos medo da morte, talvez zombemos dela. Bebemos e fumamos, ou só bebemos ou só fumamos. Ou talvez nada disso.  Quem sabe? Eu posso adorar dormir e ter insônia  ou posso morrer de sono e não dormir porque tenho que trabalhar.

        Coincidência, sorte, azar, destino, vontade, perseverança, desejo, motivo, vida, morte, certeza, dúvida, doença, sofrimento, dor, alegria, diversão, paixão, compaixão, amor e ódio. Palavras que carregam muitos outros elementos em si. E as perguntas ressoam sem fim. 

            Para concluir o post, parafraseio o grande ícone da música pop Bob Dylan: "The answer my friend is blowin' in te wind"


Roldan Alencar

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