Voltei...o bom filho a casa retorna. Fazia um tempo que não aparecia por aqui. E só foi reler Rubem Alves que a vontade reacendeu, por isso digo e repito: Rubem Alves me toca a alma.
Não consigo ficar longe das palavras. Elas são o meu refúgio. Talvez a arte de brincar com as palavras é uma forma de brincar de deus, pois aqui, no campo da imaginação tudo é possível, tudo é tangível.
E tudo que eu vejo ou leio - eu penso em transformar em palavras ou música. É algo que foge do meu controle, então não quero e nem posso reprimir. Confesso que é um exercício individual e egocêntrico, mas sempre fico feliz em compartilhar e mais feliz quando as pessoas se identificam.
Aqui não precisa de like, curtida, comentário. A escrita é um fim em si mesmo. Aqui é o lugar onde me encontro, isso mesmo, o lugar onde sei que vou estar. Tal qual o aforismo escrito no Templo de Delfos: Conhece a ti mesmo. Que tarefa difícil, penso que a poesia me auxiliará nesse processo.
A poesia é uma forma de maximizar a beleza do mundo. Tanto é verdade, que é até na dor e na tristeza, a poesia enxerga beleza.
Minhas palavras são parte do meu projeto de eternidade. Se lerão minhas palavras no futuro, não sei. Isso não importa, o que é importa é que enquanto as escrevo me sinto mais vivo e de certa maneira atemporal.
Hoje vou compartilhar uma poesia que fiz quando lia Tempus Fugit do gênio Rubem Alves.
Sobre poetas e cientistas
Os poetas são as pessoas mais aptas a falar de amor. Os cientistas da mente querem encapsular o amor, receio que não seja possível. O amor é como o vento, não é possível aprisioná-lo, se o fizer ele deixa de ser vento. Assim é o amor, se prendê-lo deixa de ser amor. Para existir o amor é preciso liberdade. Só os poetas entendem a natureza errante do amor.
Roldan Alencar
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu comentária, sugestão ou crítica o/