A conta de água de janeiro deste ano foi de R$ 457,00 =0 Prontamente liguei para o SAC e me informaram que o hidrômetro seria retirado para ser analisado. Enfim, o hidrômetro foi retirado e verificado. Conclusão: ele está submedindo, ou seja, marca menos do que está realmente sendo consumido. Logo, tecnicamente o consumo foi de R$ 457,00 para mais. Verificando os consumos passados a média foi de R$ 180,00. Logo, se o problema não é o hidrômetro e não houve nenhum consumo exagerado; provavelmente há um vazamento interno! Mas, se considerarmos que realmente consumimos isso. Vejamos: a medição foi de 55 m³, ou seja, 55 000 litros de água. Em casa, somos em seis, o quociente da divisão será: 9,166 6666... litros/pessoa. É uma quantia exorbitante. Em padrões brasileiros (excetuando o agreste nordestino) esse consumo não deve assustar muito. Agora aqui em casa, começamos rever os conceitos de consumo racional. Seja na água, energia, comida e outros. Vamos ver até onde isso vai!?
E na sua casa, qual é a média de consumo? Há uma preocupação quanto ao desperdício de água, luz, alimentos etc????
A seguir segue um texto bacana que achei aqui na web:
Água, um recurso cada vez mais cobiçado
Por ser essencial e existirem reservas limitadas, a água é cada vez mais estratégica. Discute-se o seu uso racional, a sua temida e aparentemente inevitável escassez e a degradação das suas reservas, pois dela depende a qualidade de vida no planeta.
Numa época em que a seca em países como a Somália, a Etiópia ou o Afeganistão está frequentemente nas páginas dos jornais, tende-se a esquecer que a escassez de água é um fenómeno bem mais sério e que abrange todos os continentes. À medida que a procura suplanta a oferta, ou melhor, a disponibilidade, as reservas de água são debilitadas a níveis sem precedentes, em todo o mundo. Dezenas de países enfrentam actualmente este problema, sem que ele tenha sido suficientemente materializado para que a opinião pública esteja consciente para as questões que vai ter de enfrentar num futuro não muito distante.
É sabido que de toda a água que existe na Terra, somente 3% é água doce. Destes, 2,3% encontram-se nas calotes polares e apenas 0,7% se distribui por lagos, rios, lençóis subterrâneos e atmosfera. É apenas esta a quantidade directamente disponível para o Homem. Nos últimos 50 anos, a população mundial conseguiu reduzir as reservas globais de água em cerca de 62,7%. Na América do Sul essa redução chega a 73% e no continente africano a 75%. Esta situação só foi possível com o desenvolvimento de bombas poderosas que permitiram extrair água dos aquíferos com maior rapidez do que a sua recarga pela chuva. Os efeitos da extracção excessiva podem ser já observados nas secas cada vez mais frequentes e prolongadas, na erosão dos solos e na desertificação dos ecossistemas, que assolam diversos países.
Vivemos num mundo em que a disponibilidade de água se torna um desafio cada vez maior. Os dados da ONU mostram que o consumo mundial, que rondava os 2 mil metros cúbicos por pessoa por ano em 1960, chegou aos 4,3 mil metros cúbicos nos anos 90 e continua em crescimento acelerado. Para além de um aumento do consumo individual, em cada ano mais de 80 milhões de pessoas reclamam o seu direito aos recursos hídricos da Terra. Para tornar a situação mais preocupante sabe-se que, dos 3 000 milhões de habitantes que devem ser adicionados à população mundial nos próximos 50 anos, a sua quase totalidade nascerá em países que estão já a sofrer de escassez de água.
Em 2050, a população da Índia deverá crescer para mais 510 milhões de pessoas; a da China, para mais 211 milhões; o Paquistão deverá ter quase mais 200 milhões de pessoas; o Egipto, o Irão e o México estão destinados a aumentar a sua população em mais de metade da actual. Nestes e noutros países carentes de água, o crescimento populacional está a condenar milhões de pessoas à indigência hidrológica, uma forma de pobreza à qual é muito difícil escapar.
Já com a população actual de 6 000 milhões de pessoas, o mundo tem um imenso défice hídrico. Diversos países como a China, Índia, Arábia Saudita e Estados Unidos são responsáveis por uma sobreexploração anual dos aquíferos, calculada em 160 000 milhões de metros cúbicos. Tomando como base empírica a relação que indica que a produção de 1 tonelada de grãos necessita de 1000 metros cúbicos de água, esses 160 000 milhões de metros cúbicos sobreexplorados equivalem a 160 milhões de toneladas de grãos (metade da colheita dos Estados Unidos). Considerando a média mundial de consumo de grãos de 330 kg por pessoa por ano, esta quantidade alimenta 480 milhões de pessoas. Noutras palavras, 480 milhões dos 6 000 milhões de pessoas do mundo estão a ser alimentadas com grãos produzidos a partir do uso insustentável da águ
Cerca de 70% da água consumida mundialmente, incluindo a desviada dos rios e a bombeada do subsolo, é utilizada para irrigação. Aproximadamente 20% vai para a indústria e 10% para o consumo doméstico. Na competição cada vez mais intensa pela água entre estes sectores, a agricultura sai quase sempre a perder. Os 1000 metros cúbicos de água utilizados para produzir 1 tonelada de grãos podem ser utilizados para incrementar facilmente a produção industrial, sendo os lucros desta actividade cerca de 50 vezes superiores aos da primeira. Esta relação ajuda a explicar por que no Oeste Ameriano a venda dos direitos da água de irrigação para os centros urbanos pelos fazendeiros é uma ocorrência quase diária.
Além do crescimento populacional, a urbanização e a industrialização também ampliam as necesidades de água. À medida que a população rural, tradicionalmente dependente do poço da aldeia, se muda para prédios residenciais urbanos com água canalizada, o consumo doméstico pode facilmente triplicar.
À medida que as pessoas utilizam mais carne, ovos e laticínios na sua alimentação, passam a consumir indirectamente mais grãos. Uma dieta num país desenvolvido, rica em produtos pecuários, requer 800 kg de grãos por pessoa por ano, enquanto as dietas em países em desenvolvimento, tendo por base o amido, como o arroz, caracter
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