sábado, 18 de junho de 2011

Libélula

A libélula
Atravessa os sete cantos
E desvenda os
Quatro elementos
Água Terra Fogo e Ar

Visita as flores
E os arcabouços
Assim descobre a tênue inspiração
Da Vida
E por isso
Vive numa alegria
Intensa

Sabe que nada deve a ninguém
Não morre de amores
Não trabalha para viver
E nem vive para comer

Vive para enfeitar o mundo
E para se deleitar
Do seu universo paralelo
E perfeito

Sobrevoa a imensidão
Que jamais enxerga por completo
Mas nem se importa
Porque  vive
Submersa em seus sonhos


E nos sonhos
Somos o que
Queremos ser
Sem que nada
De fato deva ser


 Roldan Alencar

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"Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar."

Clarice Lispector