Ainda
O sino bate
As ondas vibram
E reverberam
Em minh'alma
Num solavanco
Acordo
A luz bate
Contra a janela
Minhas pupilas
Se contraem
Saio do quarto
E vejo que ainda
Não encontrei o que
Procurava
Busco em objetos
Acontecimentos
No labirinto da mente
Nas ruas
E embaixo da cama
Experimento
Outros sabores
De outros
Lábios
Sinto o abraço
De outros braços
E escuto os sons
De outras cordas
E o calafrio
Que sinto
Nem na brasa do ferreiro
Quer se esquentar
A luz repousa
Minhas pupilas se dilatam
Deito em minha cama
E decido encerrar minha
Busca
Esqueço
Que nada do que procuro
Está além
Da vontade esquiva
E tortuosa
Do meu desejo reprimido
E esfalecido
Que um dia Vivi
E por vontade própria
Quis me abster
Roldan Alencar, 15 de junho de 2011. Campo Grande-MS
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu comentária, sugestão ou crítica o/