terça-feira, 23 de agosto de 2011

INSÔNIA

Nada mais justo
Do que falar algo com propriedade
Quisera eu falar de quimeras invernais
Sem jamais cruzar um paralelo
Mas se nem tudo são flores
E nem tudo são amores
Proponho-me a falar da ausência crônica de sono
Pertinente tema
Que atordoa a vida de notívagos
Que às vezes se acham
Tais quais morcegos ou corujas
No mais puro ânimo
Coragem para fazer tudo
Mesmo que seja no arpejo noturno
Não obstante ao caleidoscópio solar que
Timidamente começa tilintar
Nas retinas que captam isso como um estigma
De que já é hora
De o sono cair e o dia nascer
E a insônia prudente de si
Aguarda seu momento
No intento de jamais
Desrespeitar a claridade
Que venha o sono
E a insônia ressoa:
Que venha a escuridão

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"Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar."

Clarice Lispector