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segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Poemas de amor

São como poemas de amor
Nos infiltramos em todos meandros
E nos identificamos com tudo
Lemos até o que não está escrito
E dizemos para nós mesmos: isso é para mim!

Não nascemos prontos
Vamos nos fazendo a cada instante
E vamos aprendendo
Ou ao menos tentando aprender

Mas jamais deixaremos de pensar
Que o Universo foi feito exclusivamente para nós

Ah, os poemos de amor
Esses versos são tão meus
Milimetricamente
Encaixados no ritmo e na prosa

O Universo não foi feito exclusivamentte para mim
Eu sei...
Mas confesso que quando leio um verso
Quando escuto aquela música
Ou toda vez que algo dá errado
Acredito que sou o centro do mundo e fui escolhida
Entre milhões para ser o alvo

Exagero?
Quem dera

Ah, poesia
Por que me escolheste?
Agora mesmo penso que escreves para mim.
Por que me fazer refletir assim?
Não seria melhor me iludir?

Afinal de contas
Poesias não são alentos?

Somente quem vive o que se lê
Se atreve a dizer


Roldan Alencar

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Meu Diálogo Particular

Dos meus versos faço trova
Chuva, vento e Sol
Neles canto minha prosa
E acredito que posso conversar
Com as palavras

Elas me entendem
Como nada no mundo há de entender
Escrevo no verso transverso
Da imaginação
E da realidade

Sonho
Divago
Entristeço-me
E desabafo

Oh, sim
Nenhum ombro
Nenhum peito
Hei de me escorar
Por tanto tempo
E contar minhas agruras
Para o menestrel que as levará
E retornará
Com  a boca cheia de alívio
E o coração pulsando de paz

Roldan Alencar

"Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar."

Clarice Lispector