São rostos pálidos na multidão
Olhares gélidos
Expressões vazias
De quem não tem muito o que esperar
Talvez seja o cansaço
Ou a dor de um amor partido
Talvez a ausência dele
Ou será uma vida partida?
Eu sei
Existe a dor da perda
A dor da doença
A dor do medo
São tantos os medos e tristezas...
Será o emprego enfadonho?
Será a falta de dinheiro?
Será a falta de reconhecimento?
Será o formato do corpo?
Ou de uma parte dele?
Mas sei que para cada dor
Também existe uma alegria
E nessas horas penso em ser um palhaço
Arrancar ao menos um sorriso
Abrir os olhos de quem me mê
Ser um vendedor de sonhos
Chamar a atenção
De toda essa multidão
E dizer que existem motivos pra sorrir
Pra lutar
Pra existir e resistir
Não morremos quando paramos de respirar
Mas sim quando deixamos de sonhar
Roldan Alencar
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