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sábado, 11 de abril de 2020

#reflexão


"Câncer é algo que não desejo para ninguém, mas desejo para todos a profundidade que você ganha ao se deparar com o limite da vida."- Gilberto Dimenstein

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Você paga o preço?

Mas pera aí Roldan! Que preço? Do que se trata? Depende.

Bom, verdade, tenho que concordar com você.  Hoje vivemos na era do "depende". Então vou contextualizar.

Em tempos líquidos (Bauman - Modernidade Líquida), onde tudo parece rápido, raso e superficial o valor das relações interpessoais e o valor das relações com os objetos está mudando. Queremos experimentar tudo e a todos. Queremos o novo o tempo todo. Isso é perigoso, mas irreversível. Quanto mais acessível algo está, mais ele perde o seu valor. É a famosa lei da oferta e da procura.

“Vivemos tempos líquidos. Nada é para durar.”
Zygmunt Bauman

A relação do ser humano com o tempo está mudando. O tempo dura menos. A cada dia temos mais compromissos, são mais carros circulando nas ruas, mais pacotes para abrir, mais filmes, mais cursos, mais aplicativos, mais pratos, como posso experimentar tudo se meu tempo é limitado?  Vou experimentar o máximo de coisas da forma mais superficial possível. BINGO! Essa é a solução mágica encontrada pela sociedade moderna.

Por que ter um super amigo e dedicar um tempo de qualidade para ele, se posso ter dez  amigos e dar 1/10 do tempo para cada um deles ? Por que ficar 10 dias na Itália, se no mesmo período posso conhecer mais de 5 países? Por que me casar se posso a cada semana conhecer uma pessoa diferente? Para que comprar um casa, se posso morar em tantos lugares diferentes?

Agora minha pergunta está começando a fazer sentido. O quanto estamos dispostos a pagar por algo? O quanto estamos dispostos a investir tempo em algo? O tempo é escasso; se dedicar a algo implica automaticamente na perda de várias outras oportunidades. Então temos uma conflito:

Superficialidade x Profundidade
Variedade x Qualidade

Em tempos de Tinder, Ifood, Instagram, Facebook e outros apps, tudo parece mais volátil e superficial. Não à toa que muitos trocam de celulares e carros todo ano. Aqueles que não trocam, muitas vezes, não o fazem somente por questões financeiras. Os relacionamentos também são muitos, ao primeiro desgaste da relação, muitos casais já se separam, afinal não há tempo a perder.

Corrida contra o relógio
Silicone contra a gravidade
Dedo no gatilho, velocidade
Quem mente antes diz a verdade
Satisfação garantida
Obsolescência programada
Eles ganham a corrida
Antes mesmo da largada

(3ª do Plural - Engenheiros do Hawaii)

A questão é, estamos vivendo numa era onde queremos trocar de parceiros, amigos e coisas o tempo todo. O valor inerente de cada coisa está se perdendo.

Pensamos: bom, se ele não quer ser mais meu amigo, tudo bem, posso encontrar outro. Talvez outro até mais interessante. Se ele/ela não quer ficar mais comigo, sem problemas, procuro quem queira...Perdemos o interesse rápido. O mundo moderno e globalizado nos dá a ilusão que tudo é possível. Tudo é acessível. Tudo é instantâneo. Tanto é verdade, que quando mandamos uma mensagem no WhatsApp para algum amigo que está online e ele não responde no mesmo instante, o que pensamos: "Caramba, ele 'tá online e não responde". (Que abuso, que desfeita). Ou seja, pelo fato da pessoa estar online pensamos que ela está acessível e se ela não responde achamos aquilo uma afronta e já criamos um bloqueio, e muitas vezes até perdemos o interesse na pessoa (mesmo que seja momentâneo), porque achamos que ela não teve interesse em responder.

Alguns chamam essa transitoriedade em relação as pessoas e as coisas de "Síndrome de Don Juan", ou seja, a falta generalizada de interesse das pessoas umas nas outras e/ou a falta de interesse nas coisas.

Será que estamos vivenciando a era dos prazeres dionísicos? A verdade é que a variedade é indiretamente proporcional a intensidade do prazer. 

Então fica a pergunta: o que temos feito de sólido? Em relação a nossos relacionamentos (sejam eles de amizade, amorosos, familiares) e também com os objetos que temos ou desejamos (roupas, gadgets, acessórios...).

Todo esse panorama descrito não significa necessariamente que o passado seja melhor que o presente, ele é apenas diferente. Estamos em transição. Mas é preciso ter cuidado. A velocidade do mundo só tende a aumentar. Então o que fazer? É preciso alinhar o uso do tempo com nossos propósitos mais íntimos. Sopesar se é melhor ter poucos e bons amigos do que ter muitos e superficiais. Se é melhor conhecer bem um único lugar ou conhecer dezenas de forma superficial. Se é melhor dedicar um tempo de qualidade num relacionamento amoroso e criar laços ou sair com diversas pessoas e nunca criar laços profundos.

Que possamos balancear e equalizar o investimento do nosso bem mais precioso: o tempo. Que possamos pagar o preço necessário. E que a nossa energia vital seja dedicada aquilo que nos faz bem e aqueles que amamos.


Roldan Alencar


Sobre a liquidez dos "relacionamentos amorosos", recomendo a música "Fuzuê" do Tiago Iorc, basta acessar nesse link: Fuzuê | Tiago Iorc - Clipe Oficial

E também fiz um texto que trabalha a mesma ideia Olhares Atentos


Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver. 
Dalai Lama

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

A última despedida...

| Hospital de Barretos - Setor de Hematologia |

- Filho, tô com medo... (fitando os olhos para o chão)
- Calma pai, 'tô aqui com você. Vai dar tudo certo. É um procedimento simples; logo termina (seguro bem forte a mão dele).

O médico chega.

- Boa tarde sr. Roldan. Tudo bem?
- Mais ou menos doutor. Estou com medo.
- Pode ficar tranquilo sr. Roldan. Já fiz mais de 500 procedimentos iguaizinhos a este e nunca aconteceu nada. (sorrindo e com tranquilidade).
          - Tem riscos?
- Tem sim. Todo procedimento médico envolve riscos. 
- E qual o risco então doutor? (com a voz embargada
- É o mesmo risco desse teto aqui desabar em nossas cabeças (com firmeza
- 'Tá bom doutor, obrigado. 
- Fica tranquilo. Te vejo daqui a pouquinho na sala de procedimento (bate as mãos nas costas do meu pai e sai)

Com as explicações médicas, eu fiquei mais tranquilo. Imaginei que meu pai estava com um medo desproporcional a complexidade do procedimento. E disse a ele:

- Acalma o coração paizão. Você não ouviu o que o médico acabou de dizer? Daqui a pouco você 'tá de volta. 
- Eu sei filho, mas mesmo assim. 'Tô com um aperto aqui no peito. E se acontecer algo, não esquece tudo que conversamos, tudo que te ensinei 'tá? 
- Claro pai, mas não vai acontecer nada. (fingindo calma, mas no fundo muito aflito)
- Não gaste mais do que você ganha. Dirija com atenção, principalmente na estrada. Não briga com seus irmãos. Não viva p'ra trabalhar. (ele respira fundo e continua) Viva bem filho. Tenha uma vida feliz. Promete? (ele sempre repetia isso, como um mantra).
- Prometo pai.  
- Obrigado por tudo filhão. Te amo muito 'tá? 
- Para com isso pai; também te amo muito paizão. Até daqui a pouco. (toda vez que ele tentava se despedir, meu coração se dilacerava. Mal sabia que essa seria a derradeira despedida).

A enfermeira anuncia o nome do meu pai:

- Sr. Roldan, já pode entrar.

Conduzo meu pai até a porta da sala de procedimento. Não fui autorizado a entrar. Fico na sala de espera. O procedimento não passaria de 45 minutos. Olho o relógio, já se passara uma hora. Indago a enfermeira:

 - ´Tá tudo bem? 'Tá demorando. 
- O doutor teve dificuldades para iniciar o procedimento, daqui a pouco termina, ok? 
- 'Tá bom.

30 minutos depois, aflito novamente interpelo:

- Oi, desculpa incomodar. Já terminou o procedimento? 
- Vou verificar, um instante.

Mais alguns minutos se passam. Perco a noção do tempo, pareciam dezenas de horas. Não consigo sentar. Levanto. Sento de novo. Olho incessantemente a porta. De repente, olho novamente e vejo o dr. George. Meu coração congela. Os olhos dele estão cheios de lágrimas. Não foi preciso dizer nada, os olhos dele disseram tudo, tudo o que eu não queria ouvir.

- Desculpa. Desculpa, eu fiz tudo que estava ao meu alcance, mas seu pai não resistiu.

Fiquei catatônico. Atônito. Mudo. Gelado. Incrédulo diante da notícia. Ele me abraça forte. Começo a chorar e a soluçar intensamente. O improvável aconteceu, o teto desabou bem em cima das nossas cabeças.

E é por isso que eu digo de coração aberto:

Nem todos os dias estamos bem; isso é normal. Nem todos os dias dizemos que amamos nossos pais; isso é normal. Mas nunca, nunca desperdice uma só oportunidade de demonstrar carinho, amor. De fazer um gesto de cuidado. Um carinho, uma lembrança. Um afago que pode ser um terno abraço ou um simples: como foi seu dia? Precisa de ajuda? Ou um singelo e sincero: eu te amo!

Cuide dos seus pais. Ame seus pais e deixem eles terem certeza disso.

Agora me restam as boas lembranças, os ensinamentos. As piadas, as gargalhadas, o futebol, os desenhos e telas, as canções acompanhadas do violão e depois do ukulele. A vontade de revê-lo é permanente. Como diria Rubem Alves:
A saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar.
Todos os dias penso em voltar. Mas a vida nos dá e também nos tira; novamente recorro a Rubem Alves:
Amar é ter um pássaro pousado no dedo.
Quem tem um pássaro pousado no dedo sabe que,
a qualquer momento, ele pode voar.
Me dói a separação, mas me alenta a lembrança. O amor não se foi, pelo contrário, p'ra sempre ele vai ficar.
Aquilo que está escrito no coração não necessita de agendas, porque a gente não esquece. O que a memória ama fica eterno.
   
                                                                           
Roldan Alencar



terça-feira, 29 de outubro de 2019

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

#reflexão

Life is about the people  you meet
and the things you create with them,
so go out and start creating
Life is short
Live your dream,
and wear your passion.

A vida é sobre as pessoas que você encontra
e as coisas que você cria com elas
então saia e comece a criar
A vida é curta
Viva seu sonho,
e vista sua paixão.

terça-feira, 15 de outubro de 2019

Definitivo | Martha Medeiros


Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.

Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos,por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.

Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.

Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.

Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.

Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável,um tempo feliz.

Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais!

A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável. O sofrimento é opcional...

Martha Medeiros

segunda-feira, 27 de maio de 2019

This is you life.

This is you life. Do what you love, and do it often.
If you don’t like something, change it.
If you don’t like your job, quit.
If you don’t have enough time, stop watching TV.

If you are looking for the love of your life, stop;
they will be waiting for you when you start doing things you love.
Stop over analyzing, life is simple.
All emotions are beautiful.
When you eat, appreciate every last bite.

Open your mind, arms, and heart
to new things and people, we are united in our differences.
Ask the next person you see what their passion is,
and share your inspiring dream with them.

Travel often; getting lost will help you find yourself.
Some opportunities only come once; seize them.

Life is about the people you meet and the things you create with them,
so go out and start creating.
Life is short.
Live your dream,
and wear your passion.

sexta-feira, 24 de maio de 2019

A vida é muito curta pra não ser feliz.....

A vida é um sopro
Uma coleção de pequenos momentos
Cada um deles com sua devida importância
Alguns felizes, outros tristes
Mas nenhum deles mais importante do que o outro
A felicidade é mais feliz pelo viés do contraste

Quem come depois da fome
Come mais feliz
Quem perdeu um ente querido
Celebra com mais vigor a presença
daqueles que ficaram
Aquele que perdeu seu amor
Ama dobrado ao reencontrá-lo

Da mesma forma que a felicidade
é momentânea
A dor também é
E uma hora vai passar

A felicidade consiste em valorizar todos os momentos
com gratidão e sabedoria
Ela não é um ponto de chegada, mas sim o próprio caminho

Que possamos
Celebrar os pequenos grandes momentos
Sejam eles tristes ou alegres
Porque cada um deles
nos ensina
A viver melhor

Roldan Alencar

terça-feira, 30 de abril de 2019

sê inteiro

Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.

Fernando Pessoa , Odes de Ricardo Reis. Lisboa: Ática. 1946 (imp.1994). P. 148.

segunda-feira, 8 de abril de 2019

Detalhes

Eu busco os detalhes
Encravados na pele do cotidiano
E de imaginar
que outrora eu buscava apenas o ouro
Ouro de Tolo
E como tolo sempre buscava mais e mais
Antes mesmo de encontrar
por completo o que eu queria

Paradoxalmente
Ainda quero muito
Quero colecionar
Sorrisos, paisagens,
Pores do sol e abraços

Quero de todos os tipos

Pretendo ser abastado de caretas e alegrias
E para os tropeços recomeços
E para a dor muito amor

E tudo bem se eu chorar de vez em quando
É a alma sendo lavada e purificada

Amém!

Roldan Alencar

terça-feira, 19 de março de 2019

Calma

Calma

Sem obsessão
Um passo de cada vez
com tranquilidade
Paz de Espírito
O agricultor planta e rega a semente
Ele acompanha seu desenvolvimento
Mas não espera ela
brotar o tempo todo

Roldan Alencar

Ela descobriu...

Ela descobriu que a
melhor maneira de aprender
é ensinando
Que a melhor forma de
ser amada é amando
E que a melhor forma
de viver
É se se doando
Sem esperar nada em troca
Porque é a razão de viver
Está de dentro
de cada um de nós

Roldan Alencar

quarta-feira, 13 de março de 2019

Olhares atentos

A vida é um sopro
Quando percebemos os anos passaram
Pessoas também
E até sonhos se esvaíram

Alguns deles ainda permanecem
Alguns se realizaram
Muitos outros mudaram
E tem aqueles que simplesmente desistimos
Dizemos: Deixa pra lá!

Nos conformamos
E tomamos a forma do vazio
Deixamos de acreditar na beleza da vida

Vivemos para pagar boletos
Se você acha que não?
Experimente não pagar nenhuma conta e me diga o que acontecerá daqui um tempo
Não precisa pensar muito
Para imaginar o caos

E nessa toada
Vivemos para dizer o que fazemos
E muitas vezes não fazemos por querer
Mas queremos para dizer que fizemos
Contraditório, estranho? Talvez
Basta analisar os perfis das redes sociais
Vidas fantasmagóricas ou cinematográficas
E tantas vezes falsas


Somos cercados de pessoas
E mesmo assim estamos sós
A casa cheia de pessoas
E todos olhando para o celular
A mesa cheia de pessoas
E as pessoas contando
as curtidas de estranhos do outro lado do mundo
Esquecendo de quem está ali do lado
E a recíproca é verdadeira

Tempos Líquidos já dizia Bauman
Amizades trêmulas
Abraços suspeitos
Beijos frios

Olhares atentos
Aos novos memes
E corações distraídos
Para o amor e para dor
Daqueles que ainda sentem

Roldan Alencar





Prioridades

PRIORIDADES

Se lembrarmos com mais frequência que iremos morrer
Talvez não teremos tanto que correr
E assim encontraremos tempo para viver

Roldan Alencar



quarta-feira, 20 de junho de 2018

#Reflexão

Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal. 

- Mateus 6:34

quinta-feira, 12 de abril de 2018

Sonhamos o voo, mas tememos as alturas...

Somos assim. Sonhamos o voo, mas tememos as alturas. Para voar é preciso amar o vazio. Porque o voo só acontece se houver o vazio. O vazio é o espaço da liberdade, a ausência de certezas. Os homens querem voar, mas temem o vazio. Não podem viver sem certezas. Por isso trocam o voo por gaiolas. As gaiolas são o lugar onde as certezas moram.

É um engano pensar que os homens seriam livres se pudessem, que eles não são livres porque um estranho os engaiolou, que se as portas das gaiolas estivessem abertas eles voariam. A verdade é o oposto. Os homens preferem as gaiolas ao voo. São eles mesmos que constroem as gaiolas onde passarão as suas vidas.

Rubem Alves , Religião e Repressão, pág. 9 - Ed. Loyola.

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domingo, 27 de agosto de 2017

Melancolia

São rostos pálidos na multidão
Olhares gélidos
Expressões vazias
De quem  não tem muito o que esperar

Talvez seja o cansaço
Ou a dor de um amor partido
Talvez a ausência dele

Ou será uma vida partida?

Eu sei
Existe a dor da perda
A dor da doença
A dor do medo
São tantos os medos e tristezas...

Será o emprego enfadonho?
Será a falta de dinheiro?
Será  a falta de reconhecimento?
Será o formato do corpo?
Ou de uma parte dele?

Mas sei que para cada dor
Também existe uma alegria

E nessas horas penso em ser um palhaço
Arrancar ao menos um sorriso
Abrir os olhos de quem me mê
Ser um vendedor de sonhos
Chamar a atenção
De toda essa multidão
E dizer que existem motivos pra sorrir
Pra lutar
Pra existir e resistir

Não morremos quando paramos de respirar
Mas sim quando deixamos de sonhar

Roldan Alencar


quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

SONHOS

Derradeira hora
Sinto que até aqui
Nada fiz
Vejo nos olhos um certo ar
De inquietude
E nos lábios
Um leve tremor
Mas no peito
As sístoles e diástoles
Aceleram e desaceleram
A mente extrapola
E por momentos
Sinto-me fora da
Realidade
E por vezes não quero sair
Só quando me lembro
Que nem nos sonhos
Os sonhos
Não são tão
Simples assim

26/09/11
Roldan Alencar



"Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar."

Clarice Lispector