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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Águia ou Elefante?

Por que o Elefante não derruba o circo? Fizeram acreditar que ele não tinha força. Desde quando ele era filhote, foi amarrado em uma estaca, puxou algumas vezes e não conseguiu sair, porque naquele momento não conseguia se desvencilhar e ser livre, por ausência de força. Até que então aceitou aquela amarra. E o pior aceitou aquela amarra pelo resto da vida. 

A águia, desde filhote, sofre grandes pressões, é jogada do penhasco por sua mãe para então se forçar a grandes voos. A águia ao contrário do elefante de circo, em sua vida não foi condicionada a limitações, por isso ela é espetacular, alcança grandes picos.

A maioria de nós sofremos limitações impostas pela própria vida, seja na infância ou não. O ambiente externo influencia muito sobre nós, mas a boa noticia, é que ele não nos vincula, não nos define. São as suas crenças internas que o definem. Pois elas sobrepõem os fatos e os ambientes externos se aprenderem a interpretar os acontecimentos em seu favor.

É importante que se quebre os padrões que te limitam ao sucesso, você pode sim derrubar o circo todo se quiser, redefina seus pensamentos, saiba da sua verdadeira força, e assim como a águia alcance grandes picos.

Para reflexão, fique com esse texto: 

“ Não devemos acreditar numa coisa simplesmente porque ela nos é dita, nem aprovar as tradições apenas porque elas descendem da Antiguidade, nem admitir os escritos sábios apenas porque eles foram escritos pelos sábios. Nós devemos aceitar apenas aquilo que recebe a aprovação de nossa consciência; é por isso que eu vos ensinei a crer apenas quando vós sentirdes aquilo que vos apresentam em vossa própria consciência interior. Depois disto, podeis aproveitar largamente. ” 

(Buda).

terça-feira, 30 de agosto de 2016

A velhinha contrabandista

 Narrativa intrigante, vale a pena ser lida:


      Todos os dias uma velhinha atravessava a ponte entre dois países, de bicicleta e carregando uma bolsa. E todos os dias era revistada pelos guardas da fronteira, à procura de contrabando. Os guardas tinham certeza que a velhinha era contrabandista, mas revistavam a velhinha, revistavam a sua bolsa e nunca encontravam nada. Todos os dias a mesma coisa: nada. Até que um dia um dos guardas decidiu seguir a velhinha, para flagrá-la vendendo a muamba, ficar sabendo o que ela contrabandeava e, principalmente, como. E seguiu a velhinha até o seu próspero comércio de bicicletas e bolsas.

      Como todas as fábulas, esta traz uma lição, só nos cabendo descobrir qual. Significa que quem se concentra no mal aparentemente disfarçado descuida do mal disfarçado de aparente, ou que muita atenção ao detalhe atrapalha a percepção do todo, ou que o hábito de só pensar o óbvio é a pior forma de distração.

(VERISSIMO, Luis Fernando. O mundo é bárbaro. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008, p. 41)
"Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar."

Clarice Lispector