terça-feira, 26 de dezembro de 2017
quarta-feira, 20 de dezembro de 2017
Amor é um Fogo que Arde sem se Ver
Amor é um Fogo que Arde sem se Ver
Amor é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se e contente;
É um cuidar que ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Luís Vaz de Camões, in "Sonetos"
Amor é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se e contente;
É um cuidar que ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Luís Vaz de Camões, in "Sonetos"
terça-feira, 19 de dezembro de 2017
Quando me leem (mensagem de final de ano)
Quando alguém me diz: Li o que você escreveu....
É como se lessem a mim (como corpo material)
Me sinto feliz
Mesmo que digam: não gostei!
Tudo bem. É impossível agradar a todos e graças a Deus existe a diversidade.
Ah se todos gostassem da mesma cor, do mesmo tom, da mesma risada, da mesma cidade...
Que mundo sem graça!
Nas palavras eu me transbordo
Como dizia Rubem Alves (um dos meus autores favoritos)
A arte de escrever e ler é antropofágica
Quando eu leio Rubem me sinto energizado por sua alma
E quando escrevo também transmito minha essência
Quando me leem
Enxergam aquilo que não posso mostrar
Aquilo que é invisível aos olhos
Embora a leitura seja quase sempre visual ou tátil
Ela vai além, chega lá no fundo da alma
Não sou tudo o que escrevo
Embora eu seja muito do que leio
Não que eu tenha vivido tudo o que escrevi
Mas certamente em algum momento tudo que escrevi existiu
Pois abstratos que somos
Vivemos realidades utópicas
E na busca disso
Vivemos a incessante busca do amor e da felicidade real
E quando o abstrato se encontra com esse real
É uma explosão cósmica de energias
É preciso caminhar
Quem para no meio do caminho perde a vontade de viver
A bicicleta não cai enquanto estiver em movimento
No meio do caminho tinha uma pedra
Que foi colocada estrategicamente
Pra nos ensinar e nos alertar
Você pode tropeçar
Seja humilde olhe para baixo
Junte as pedras e construa sua edificação
A pedra é tudo aquilo que nós chamamos de problema (s)
E quem disse que pra vida ser boa tem que ser perfeita?
Os problemas fazem os dias alegres, porque se não houvessem problemas e tudo fosse perfeito eu me indago, estaríamos felizes?
A vida precisa desse balanço, dessa comparação, dessa roda-gigante. É claro não precisa ser uma monta-russa, mas às vezes é.
O importante não é chegar, o importante é nunca parar!
A você que chegou até aqui minha gratidão, meu muito obrigado! Mesmo que você não me conheça você já faz parte da minha vida e eu da sua. E se você já me conhece, eu espero sinceramente ter sido um bom amigo e boa lembrança.
Se esse texto te fez refletir, já me sinto feliz e recompensado.
Desejo a você um feliz 2018, com muita energia positiva, alegria e amor! A caminhada continua!
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Sobre encontros | Roldan Alencar
E quando duas almas se encontram
já não são as mesmas
Cada uma carrega um pouquinho da outra [para sempre]
Roldan Alencar
terça-feira, 5 de dezembro de 2017
Martha Medeiros: Feliz por nada
Geralmente, quando uma pessoa exclama Estou tão feliz!, é porque engatou um novo amor, conseguiu uma promoção, ganhou uma bolsa de estudos, perdeu os quilos que precisava ou algo do tipo. Há sempre um porquê. Eu costumo torcer para que essa felicidade dure um bom tempo, mas sei que as novidades envelhecem e que não é seguro se sentir feliz apenas por atingimento de metas. Muito melhor é ser feliz por nada.
Digamos: feliz porque maio recém começou e temos longos oito meses para fazer de 2010 um ano memorável. Feliz por estar com as dívidas pagas. Feliz porque alguém o elogiou. Feliz porque existe uma perspectiva de viagem daqui a alguns meses. Feliz porque você não magoou ninguém hoje. Feliz porque daqui a pouco será hora de dormir e não há lugar no mundo mais acolhedor do que sua cama.
Esquece. Mesmo sendo motivos prosaicos, isso ainda é ser feliz por muito.
Feliz por nada, nada mesmo?
Talvez passe pela total despreocupação com essa busca. Essa tal de felicidade inferniza. “Faça isso, faça aquilo”. A troco? Quem garante que todos chegam lá pelo mesmo caminho?
Particularmente, gosto de quem tem compromisso com a alegria, que procura relativizar as chatices diárias e se concentrar no que importa pra valer, e assim alivia o seu cotidiano e não atormenta o dos outros. Mas não estando alegre, é possível ser feliz também. Não estando “realizado”, também. Estando triste, felicíssimo igual. Porque felicidade é calma. Consciência. É ter talento para aturar o inevitável, é tirar algum proveito do imprevisto, é ficar debochadamente assombrado consigo próprio: como é que eu me meti nessa, como é que foi acontecer comigo? Pois é, são os efeitos colaterais de se estar vivo.
Benditos os que conseguem se deixar em paz. Os que não se cobram por não terem cumprido suas resoluções, que não se culpam por terem falhado, não se torturam por terem sido contraditórios, não se punem por não terem sido perfeitos. Apenas fazem o melhor que podem.
Se é para ser mestre em alguma coisa, então que sejamos mestres em nos libertar da patrulha do pensamento. De querer se adequar à sociedade e ao mesmo tempo ser livre. Adequação e liberdade simultaneamente? É uma senhora ambição. Demanda a energia de uma usina. Para que se consumir tanto?
A vida não é um questionário de Proust. Você não precisa ter que responder ao mundo quais são suas qualidades, sua cor preferida, seu prato favorito, que bicho seria. Que mania de se autoconhecer. Chega de se autoconhecer. Você é o que é, um imperfeito bem-intencionado e que muda de opinião sem a menor culpa.
Ser feliz por nada talvez seja isso.
A arte do reencontro | Roldan Alencar
Foi tão bom te reencontrar
Quanto tempo...
Confesso que ele [o tempo] te agraciou
Você está ainda mais bonita
E o seu olhar ainda reluz...
com o mesmo encanto
Quisera eu te reencontrar
com mais frequência
Assim você agraciaria
e me iluminaria
com a sua encantadora presença
Roldan Alencar
Quanto tempo...
Confesso que ele [o tempo] te agraciou
Você está ainda mais bonita
E o seu olhar ainda reluz...
com o mesmo encanto
Quisera eu te reencontrar
com mais frequência
Assim você agraciaria
e me iluminaria
com a sua encantadora presença
Roldan Alencar
Uma mensagem de Ana Jácomo....
Tenho aprendido com o tempo que a felicidade vibra na frequência das coisas mais simples. Que o que amacia a vida, acende o riso, convida a alma pra brincar, são essas imensas coisas pequeninas bordadas com fios de luz no tecido áspero do cotidiano.
Ana Jácomo
segunda-feira, 4 de dezembro de 2017
Reflexão do dia
"não existe decisão sem abdicação"
"Não perca tempo, tempo é vida"
Por que fazemos o que fazemos? Mário Sérgio Cortella
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"Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar."
Clarice Lispector
Depende de quando e como você me vê passar."
Clarice Lispector