Sentia que o relógio chamava para o seu tempo,
que era o tempo de todos aqueles fantasmas,
o tempo da vida que passou... Tenho saudades dele.
Por sua tranqüila honestidade, repetindo sempre,
incansável,
"tempus fugit".
Ainda comprarei um outro que diga a mesma coisa.
Relógio que não se pareça com este meu, no meu pulso,
que marca a hora sem dizer nada, que não tem histórias
para contar. Meu relógio só me diz uma coisa:
O quanto eu devo correr para não me atrasar...
Mas o relógio não desiste.
Continuará a nos chamar à sabedoria:
"tempus fugit..."
Quem sabe que o tempo está fugindo descobre,
subitamente, a beleza única do momento que
nunca mais será...
(Rubem Alves)
domingo, 13 de dezembro de 2015
sábado, 5 de dezembro de 2015
O que é filosofia?
Filosofia, segundo a definição da professora e historiadora desta disciplina Marilena Chauí,
“é a decisão de não aceitar como óbvias e evidentes as coisas, as ideias, os fatos, as situações, os valores, os comportamentos de nossa existência cotidiana; jamais aceitá-los sem antes havê-los investigado e compreendido”.
segunda-feira, 30 de novembro de 2015
Valores elásticos
Saibamos, ora, pois
Que flexibilizamos valores
Sejam morais, éticos e econômicos
O foco é o resultado
Os fins justificam os meios?
Quem somos?
Na procura insaciável pela venda
Prostituímos o próprio eu
Para ser um multifacetado
Que não se sabe quem é na verdade
Ser íntegro
É ser inteiro
Não fragmentado
Que não sejamos
Fragmentos de vidas
Esparsas no tempo
O que é lembrado
É o que fica
E o que fica
É o que faz falta
E para que façamos falta
Devemos fazer escolhas
E segui-las
Não podemos tomar qualquer caminho
Ser inteiro
É não buscar atalhos o tempo todo
Em tempos líquidos
Ser inteiro é seguir na estrada
Sem se preocupar com o fim
E em cada parada
Viver um instante de felicidade
Que nós gostaríamos que durasse
Um pouco mais
Ser feliz
É querer um pouco mais
Da vida
Do amor
Do calor
De uma amizade
Felicidade é a eternidade materializada num instante...
Roldan Alencar
Que flexibilizamos valores
Sejam morais, éticos e econômicos
O foco é o resultado
Os fins justificam os meios?
Quem somos?
Na procura insaciável pela venda
Prostituímos o próprio eu
Para ser um multifacetado
Que não se sabe quem é na verdade
Ser íntegro
É ser inteiro
Não fragmentado
Que não sejamos
Fragmentos de vidas
Esparsas no tempo
O que é lembrado
É o que fica
E o que fica
É o que faz falta
E para que façamos falta
Devemos fazer escolhas
E segui-las
Não podemos tomar qualquer caminho
Ser inteiro
É não buscar atalhos o tempo todo
Em tempos líquidos
Ser inteiro é seguir na estrada
Sem se preocupar com o fim
E em cada parada
Viver um instante de felicidade
Que nós gostaríamos que durasse
Um pouco mais
Ser feliz
É querer um pouco mais
Da vida
Do amor
Do calor
De uma amizade
Felicidade é a eternidade materializada num instante...
Roldan Alencar
domingo, 8 de novembro de 2015
O calendário era apenas números
O calendário era um quadro
Cheio de números na paisagem
Hoje são prazos, metas e compromissos
Ah, minha infância
Quanto menos eu sabia
Mas feliz eu me fazia
Hoje tenho que saber tudo
Num esforço quase inútil
De prever o futuro
Suportando o presente
E sonhando com o passado
Roldan Alencar
Barretos-SP
Outubro/2015
Quem foi?
Quem foi o esperto
que inventou o tempo, o calendário e o relógio?
Pelos que sei tenho vinte e poucos anos
E às vezes isso me preocupa
Quando era criança
Não sabia nem as horas
Hoje…
Elas me consomem
Roldan Alencar
Barretos
Julho/2015
Amor não se impõe
Ora não me venhas
Ensinar o que é amor
Este eu tenho desde que nasci
Diferente da moral
Que tentas me empurrar
Amor não se impõe
Se constata
Roldan Alencar
Baretos-SP
Acalanta
Não diga nada
Apenas se aproxime
Sei que na presença
do seu silêncio
O ruído da minha alma
Torna-se
Uma suave sinfonia
Roldan Alencar
Barretos-SP
22-07-15
quarta-feira, 14 de outubro de 2015
Céu de Estrelas
Céu de Estrelas
Olho o céu
Vejo estrelas
E penso como estão distantes
E penso na beleza que os meus olhos contemplam
Imaginando a imensidão do que não conhecemos
Vejo o brilho
São os buracos que vazam luz no teto da Terra
São poemas
Canções
E muitos
Muitos sonhos
Que permeiam a inexatidão perfeita do cosmo
Mas as nuvens
A fumaça
E as luzes humanas
Teimam em estragar meu espetáculo
Tão Particular
Meu encontro
Com o Universo
Mesmo assim
Sempre que posso
Paro
Ergo a cabeça
Acalmo o coração
E contemplo
Contemplo a beleza
Do mistério grandioso
Que nos parece tão pequeno
E não menos encantador
A cada estrela
Que nasce
Roldan Alencar
segunda-feira, 21 de setembro de 2015
terça-feira, 15 de setembro de 2015
UM POR VEZ
Sentimos amor
E pensamos razão
Um não exclui o outro
Mas para se ter
Cada um em sua totalidade
Devemos tê-los um por vez
Roldan Alencar
08-09-15
E pensamos razão
Um não exclui o outro
Mas para se ter
Cada um em sua totalidade
Devemos tê-los um por vez
Roldan Alencar
08-09-15
sexta-feira, 28 de agosto de 2015
domingo, 16 de agosto de 2015
Tipos de ukulele
Para começar, você sabia que existem quatro tipos de ukulele?
São eles: ukulele soprano, tenor, concerto e barítono.
Quais as diferenças entre os tipos de ukulele?
Elas vão desde o tamanho até o som e afinação. Confira:
Ukulele soprano
O mais popular dos ukuleles, por ter tamanho reduzido e preço mais
acessível, tem cumprimento total de 53cm (o braço tem 33cm). Sua afinação é:
GCEA. Possui 12 trastes.
*Existem variações do ukulele soprano: 21" (54cm) 23" (59cm)
26" (64cm). Algumas outras classificações menos convencionais também
existe:
Ukulele concerto
Crescendo em tamanho, o ukulele concerto é um pouco maior do que o
ukulele soprano, apresentando 58cm (o braço tem 38cm). Seu timbre é um pouco
semelhante e sua afinação é igual à do ukulele soprano. Possui 15 trastes.
Ukulele tenor
O ukulele tenor possui 66cm (43 de braço) e, por ser maior, possui um
sustain mais reforçado, agradando também músicos que tocam bastante dedilhado.
Sua afinação é igual à dos irmãos menores.
Ukulele barítono
O maior dos ukuleles tem 76cm (48cm de braço) e, devido a seu tamanho
avantajado em comparação aos demais instrumentos da família, tem bastante
volume e sustain reforçado. Sua afinação é DGBE, como as quatro primeiras
cordas de uma guitarra ou violão. Possui 17 trastes.
Em resumo:
Fontes:
http://vamostocarukulele.blogspot.com.br/
Marcadores:
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como tocar ukulele,
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tipos de ukulele,
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ukulele,
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ukulele tips
domingo, 9 de agosto de 2015
CHEIROS
"Os cheiros têm estranhos poderes evocativos"
Rubem Alves - O velho que acordou menino [Infância]. 2005. Planeta. Página. 85 3 ª ed. 2009.
Rubem Alves - O velho que acordou menino [Infância]. 2005. Planeta. Página. 85 3 ª ed. 2009.
A IMPORTÂNCIA DA BELEZA
"A beleza só importa nos primeiros 15 minutos. Depois você tem que ter algo a mais para oferecer"
Frase atribuída a Fernanda Montenegro
Frase atribuída a Fernanda Montenegro
PERGUNTA e EXPECTATIVA
Eu faço perguntas e sempre me espanto quando as respostas divergem da minha expectativa. Acho que somos todos assim...
Roldan Alencar
Roldan Alencar
AFETAÇÃO
Sou afetado por tudo que passa por mim
Meus sentidos sempre se aguçam
São cheiros, toques, sabores, imagens, barulhos...
Principalmente as palavras
E não adianta dizer pra' eu não ligar
Mesmo ignorando-as
Elas insistem em ecoar
Roldan Alencar
Meus sentidos sempre se aguçam
São cheiros, toques, sabores, imagens, barulhos...
Principalmente as palavras
E não adianta dizer pra' eu não ligar
Mesmo ignorando-as
Elas insistem em ecoar
Roldan Alencar
SAPIÊNCIA
Os melhores poetas são aqueles que sabem pouco
Pois quando se sabe pouco
Se imagina muito
Roldan Alencar/2015
Inspirado na obra de Rubem Alves - O velho que acordou menino
Pois quando se sabe pouco
Se imagina muito
Roldan Alencar/2015
Inspirado na obra de Rubem Alves - O velho que acordou menino
Reflexo
Naquele semblante eu vi o que era tristeza
Me entristeci também
Faltava brilho naqueles olhos
De súbito nos meus olhos
As luzes se apagaram
Roldan Alencar/2015
Inspirado na obra de Rubem Alves - O velho que acordou menino
Me entristeci também
Faltava brilho naqueles olhos
De súbito nos meus olhos
As luzes se apagaram
Roldan Alencar/2015
Inspirado na obra de Rubem Alves - O velho que acordou menino
Você conhece algum urubu?
URUBUS
A maioria das pessoas são como urubus:
De longe no alto, são belos
Altivos em voos circulares no céu
De perto são feios e desajeitados
Roldan Alencar/2015
Inspirado na obra de Rubem Alves - O velho que acordou menino
A maioria das pessoas são como urubus:
De longe no alto, são belos
Altivos em voos circulares no céu
De perto são feios e desajeitados
Roldan Alencar/2015
Inspirado na obra de Rubem Alves - O velho que acordou menino
NINHO
Quem me dera poder voltar para meu ninho
Ao meu aperto
Imerso no caldo amniótico
E alimentado pelo amor umbilical
Ouvindo a suave sinfonia
Do coração a pulsar
Roldan Alencar/2015
Inspirado na obra de Rubem Alves - O velho que acordou menino
Ao meu aperto
Imerso no caldo amniótico
E alimentado pelo amor umbilical
Ouvindo a suave sinfonia
Do coração a pulsar
Roldan Alencar/2015
Inspirado na obra de Rubem Alves - O velho que acordou menino
O POETA
O poeta não é um transgressor das verdades
Apenas um competente alfaiate
Ele ajusta o tamanho das realidades
Roldan Alencar/2015
Inspirado na obra de Rubem Alves - O velho que acordou menino
Apenas um competente alfaiate
Ele ajusta o tamanho das realidades
Roldan Alencar/2015
Inspirado na obra de Rubem Alves - O velho que acordou menino
sexta-feira, 7 de agosto de 2015
O amanhã
Ontem eu sonhei
Com a realidade de outrora esquecida
O presente é tão desprezado
Que vivemos de futuros pretéritos
Roldan Alencar
Com a realidade de outrora esquecida
O presente é tão desprezado
Que vivemos de futuros pretéritos
Roldan Alencar
Alegria no revés
Não te desejo tristezas
Mas saiba que no amargo do revés
Encontramos o doce da alegria
Roldan Alencar
Mas saiba que no amargo do revés
Encontramos o doce da alegria
Roldan Alencar
Deus da Beleza
Acredito no deus da beleza
Que sopra o ânimo da vida
E também no demônio da feiura
Que nos rouba o ar
Roldan Alencar
Que sopra o ânimo da vida
E também no demônio da feiura
Que nos rouba o ar
Roldan Alencar
segunda-feira, 27 de julho de 2015
VERBUM FUGIT
Eu gosto de linguagem metalinguística
Falar da palavra
Escrever sobre escrever
Poetizar a poesia
Até que a poesia faça o poeta
Me assento sobre eternidades
Porque a beleza da vida
É atemporal e transcendental
Sou arauto do tempo
Que foi
Que é
e ainda será
Roldan Alencar
Falar da palavra
Escrever sobre escrever
Poetizar a poesia
Até que a poesia faça o poeta
Me assento sobre eternidades
Porque a beleza da vida
É atemporal e transcendental
Sou arauto do tempo
Que foi
Que é
e ainda será
Roldan Alencar
domingo, 26 de julho de 2015
DIÁLOGO DE UM DIA QUALQUER
Não faça isso!
Você não tem mais idade para tanto...
Você pensa que está no jardim de infância para se lambuzar com tintas?
Vá logo para o sofá assistir TV!
Você quer tocar violão?
Deus me livre, você tem os dedos curtos e entrevados
Não quero barulho aqui não...
Correr?
Agora você acha que é o Forest Gump?
Só falta querer ajudar os necessitados
É muito trouxa mesmo
Ensinar?
Você é louco?
Não sabe quase nada e ainda quer ensinar
Francamente, me cansei de você
Vá procurar algo produtivo para fazer
E vê se me deixa em paz
Roldan Alencar
Barretos 24-07-15
Você não tem mais idade para tanto...
Você pensa que está no jardim de infância para se lambuzar com tintas?
Vá logo para o sofá assistir TV!
Você quer tocar violão?
Deus me livre, você tem os dedos curtos e entrevados
Não quero barulho aqui não...
Correr?
Agora você acha que é o Forest Gump?
Só falta querer ajudar os necessitados
É muito trouxa mesmo
Ensinar?
Você é louco?
Não sabe quase nada e ainda quer ensinar
Francamente, me cansei de você
Vá procurar algo produtivo para fazer
E vê se me deixa em paz
Roldan Alencar
Barretos 24-07-15
quarta-feira, 22 de julho de 2015
ACALANTO
Acalanta meu coração
Não diga nada
Apenas se aproxime
Sei que na presença
Do seu silêncio
E na ternura de seu olhar
O ruído da minha alma
Torna-se suave sinfonia
Roldan Alencar
Barretos-SP
22-7-15
Não diga nada
Apenas se aproxime
Sei que na presença
Do seu silêncio
E na ternura de seu olhar
O ruído da minha alma
Torna-se suave sinfonia
Roldan Alencar
Barretos-SP
22-7-15
sábado, 18 de julho de 2015
ENTREABERTO
Céu límpido
Estrelas no céu
Uma flor a desabrochar
Assim estou perante você
Abro minha'lma
É primavera
Mas não penses que estarei aqui pra sempre
Chega o verão e talvez não esteja mais aqui
Mas não venhas pela falta
Pela necessidade
Venhas pela presença
Pelas cores
Pelo aroma
Ofereço-te o meu melhor
Estou entreaberto
Basta empurrar a porta e entrar!
Roldan Alencar
Estrelas no céu
Uma flor a desabrochar
Assim estou perante você
Abro minha'lma
É primavera
Mas não penses que estarei aqui pra sempre
Chega o verão e talvez não esteja mais aqui
Mas não venhas pela falta
Pela necessidade
Venhas pela presença
Pelas cores
Pelo aroma
Ofereço-te o meu melhor
Estou entreaberto
Basta empurrar a porta e entrar!
Roldan Alencar
A arte de ser feliz
A arte de ser feliz
Houve um tempo em que minha janela se abria
sobre uma cidade que parecia ser feita de giz.
Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada,
e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde,
e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas.
Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse.
E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor.
Outras vezes encontro nuvens espessas.
Avisto crianças que vão para a escola.
Pardais que pulam pelo muro.
Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais.
Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega.
Ás vezes, um galo canta.
Às vezes, um avião passa.
Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino.
E eu me sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas,
que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem,
outros que só existem diante das minhas janelas, e outros,
finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.
Houve um tempo em que minha janela se abria
sobre uma cidade que parecia ser feita de giz.
Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada,
e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde,
e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas.
Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse.
E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor.
Outras vezes encontro nuvens espessas.
Avisto crianças que vão para a escola.
Pardais que pulam pelo muro.
Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais.
Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega.
Ás vezes, um galo canta.
Às vezes, um avião passa.
Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino.
E eu me sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas,
que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem,
outros que só existem diante das minhas janelas, e outros,
finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.
terça-feira, 7 de julho de 2015
LA SANTA MUERTE
A morte está sempre à espreita
Ela pode vir de qualquer jeito
A qualquer tempo
Não respeita credo, sexo ou status social
Vem e toma para si o fôlego de vida
Mas ela tem caprichos
Ela tem muitas maneiras
De tomar de assalto suas vítimas
Sejam bons ou maus
Para alguns cabe a agonia da demora
Outros apenas um instante
A morte causa medo, furor, ira
E amargura
A única certeza do mundo é a morte
Mesmo que exista vida eterna e reencarnação
Esta é afeita a alma
O corpo sempre morrerá
E a morte sempre vencerá
A morte é o maior Deus e Demônio do homem
Barretos 05-05-06
Roldan Alencar
Ela pode vir de qualquer jeito
A qualquer tempo
Não respeita credo, sexo ou status social
Vem e toma para si o fôlego de vida
Mas ela tem caprichos
Ela tem muitas maneiras
De tomar de assalto suas vítimas
Sejam bons ou maus
Para alguns cabe a agonia da demora
Outros apenas um instante
A morte causa medo, furor, ira
E amargura
A única certeza do mundo é a morte
Mesmo que exista vida eterna e reencarnação
Esta é afeita a alma
O corpo sempre morrerá
E a morte sempre vencerá
A morte é o maior Deus e Demônio do homem
Barretos 05-05-06
Roldan Alencar
quarta-feira, 1 de julho de 2015
YING YANG
YING
YANG
O que nos dá vida
Também pode nos tirar
Os olhos que enxergam maravilhas
Podem cobiçar
A mente que cria
Pode nos enganar
O alimento que nos sacia
Pela gula pode nos matar
A mesma mão que cumprimenta
Outrora pode apunhalar
O sorriso aberto de hoje
Pode ser a palavra traiçoira de amanhã
É o velho ying yiang
Todo bom tem seu mal
E assim vai
O lado bom
Se esparrame
E esprema o lado ruim
Até que este não se sinta à vontade
E naturalmente possa nos deixar
QUADROS
QUADROS
Escrevo minha história
Mas não me valendo de um simples lápis que rabisca um papel
Escrevo com a letra do momento
Com capítulos de sentimentos
Outros de músicas
Alguns de contento
Da mais pura felicidade
Outros de lamentos
Que me exigem austeridade
Há espaço para amizades
Para amores
Para o amor
Embora, infelizmente
Eu encontre
Dores
Dissabores
E inimizades
Mas a vida é assim
Se tudo fosse como gostaríamos
Com certeza o mundo mais destruído
Pela luta das vaidades
Escrevo também com as lembranças
Que se esvaem com o tempo
Ah, mas muitas são eternas
Nossa jornada é escrita com acontecimentos
Que são quadros
Na parede da memória
Alguns são bonitos
Outros feios
Mas não deixam de ser quadros
Roldan Alencar
terça-feira, 30 de junho de 2015
O SORRISO
Aberto, falso, forçado, puro
Careado, amarelado, desdentado
Às vezes ele esconde o choro
Outras o desejo
Às vezes não cabe em si
E se estende e contagia
Ontem mesmo eu sorri tanto
Que chegou a doer meu rosto
Esse é o paradoxo da alegria
Eu quero que meus dias
Sejam repletos de sorrisos até doer!
Roldan Alencar
Barretos-SP
Barretos-SP
domingo, 28 de junho de 2015
sábado, 27 de junho de 2015
quinta-feira, 25 de junho de 2015
sábado, 11 de abril de 2015
segunda-feira, 23 de março de 2015
Congresso promulga emenda do orçamento impositivo
Executivo fica obrigado a liberar até 1,2% da receita corrente líquida o ano anterior para emendas parlamentares. Desse total, 50%, (0,6% do valor permitido) vão para saúde
Proposta tramitou por 15 anos no Congresso até a promulgação |
O Congresso Nacional promulgou, nesta terça-feira (17), a Emenda Constitucional 86 – cujo texto tramitou por 15 anos. A partir de agora, o Executivo fica obrigado a liberar até 1,2% da receita corrente líquida (RCL) do ano anterior para as emendas apresentadas por parlamentares. Desse total, 50%, ou seja, 0,6% do valor permitido, terão de ser aplicados na área de saúde.
A medida, conhecida como Orçamento Impositivo, dá mais independência para deputados federais e senadores porque vão direcionar recursos para municípios e estados, respectivamente, sem depender da boa-vontade do Executivo. Ela modifica os artigos 165,166 e 198 da Constituição.
Aprovada no Senado em novembro de 2013, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 022/2000 (ou PEC 358/2013, na Câmara) teve a votação concluída na Câmara em fevereiro. E já vinha, inclusive, sendo praticada. Na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2015, todas as emendas individuais que atingirem o limite mínimo de 1,2% da Receita Corrente Líquida serão atendidas pelo Executivo.
Para o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), isso significa mais independência para o parlamento, já que até agora, na prática, os governos usam a possibilidade de destinar recursos de emendas como forma de pressionar os parlamentares para conseguir aprovar os projetos de seu interesse.
Ele é o autor da emenda que destinou 50% de todo o montante para a saúde, sendo possível usá-lo para custear o Sistema Único de Saúde (SUS), mas não poderá servir para o pagamento de pessoal ou de encargos sociais.
A Emenda 86 prevê uma ampliação progressiva dos recursos para a saúde nos cinco anos seguintes ao da sua promulgação. No primeiro ano, a aplicação mínima em saúde será de 13,2% da receita corrente líquida; no segundo ano, 13,7%; no terceiro ano, 14,1%; no quarto ano, 14,5%; e, no quinto ano em diante, 15% da receita líquida corrente.
Insatisfação
Antes de a emenda ser promulgada, somente os estados e municípios têm percentuais definidos pela lei que regulamentou a emenda constitucional 29 (12% e 15%, respectivamente). O mínimo aplicado pela União até então era definido com base no que foi empenhado no ano anterior mais a variação nominal do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois últimos anos.
A partir da Emenda 86, todas as ações e serviços públicos de saúde custeados pela parcela de royalties e participação especial da União serão computados para o cumprimento do novo mínimo obrigatório estipulado no texto.
Durante a tramitação da PEC, parlamentares de oposição criticaram o teto do financiamento de saúde em 15%. Argumentaram que o governo gastou 13,1% da RCL com saúde em 2012, valor parecido com a porcentagem de início do escalonamento (13,2%). O ex-senador Cícero Lucena, por exemplo, pedia no mínimo 18% da receita para a saúde.
De acordo com o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), o “teto” tira a chance de mais recursos serem direcionados para saúde por meio de uma lei complementar, porque agora a Constituição dita o limite de gasto. Na cerimônia de promulgação, ele chegou a chamar a PEC de “PEC Dra. Virgínia Helena de Souza”, em referência à médica que praticava eutanásia nos pacientes, especialmente os do SUS.
— Fizeram eutanásia no financiamento nas ações de saúde do SUS. Se a emenda estivesse valendo como base de cálculo em 2014, a saúde receberia menos R$ 7 bilhões no financiamento — de R$ 92 bilhões ficariam R$ 85 bilhões.
Parte do problema é, segundo ele, o fato de as emendas de deputados e senadores passarem a fazer parte da base de cálculo para gastos em saúde – antes elas não eram parte da conta.
No discurso, acusou o Congresso de boicotar a Frente Parlamentar da Saúde, que por 12 anos avaliou o projeto de lei conhecido como “Saúde Mais 10”, de iniciativa popular, que trazia para a lei complementar a possibilidade de ampliar o financiamento da saúde.
Fonte: Congresso em Foco
quarta-feira, 4 de março de 2015
domingo, 1 de março de 2015
ESPECTRO DE TEMPO
ESPECTRO DE TEMPO
Me dê só mais uma razão
Para acreditar em todo essa falácia
Quais são os atores?
O que é real?
Por que os objetos deste cenário
Ora se fazem fantasiosos?
Ora se confundem com minha própria vida?
Mê faça acreditar
Que tudo tem uma razão de ser
E que nada existe somente por existir
Que nossos atos de bravura
E as nossas descobertas geniais
Sejam penduradas no varal da eternidade
Para que os nossos
Vejam o legado de seus antecessores
Não por sermos altruístas e acreditarmos num bem maior
Mas por sermos egoístas e orgulhosos
Para nos eternizar na mente e na memória
Daqueles que viram
Rolda Alencar
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"Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar."
Clarice Lispector
Depende de quando e como você me vê passar."
Clarice Lispector