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domingo, 23 de abril de 2017
terça-feira, 22 de novembro de 2016
segunda-feira, 5 de setembro de 2016
terça-feira, 23 de agosto de 2016
segunda-feira, 25 de julho de 2016
Relatório mostra que conflito de terras indígenas no MS remonta aos anos 1950
O Relatório Figueiredo, produzido em 1967 e redescoberto recentemente, já descrevia detalhadamente os conflitos agrários em terras indígenas que atualmente são base da violência no campo registrada no Mato Grosso do Sul.
O documento aponta que nas duas comissões parlamentares de inquérito, que funcionaram em 1955 e em 1963, terras indígenas eram arrendadas ou vendidas, com aval do Estado, responsável por emitir os títulos.
A primeira CPMI, em 1955, funcionou com o objetivo de anular a doação de terras feitas pelo governo do antigo Mato Grosso. A segunda, em 1962, tinha o objetivo de apurar irregularidades no extinto Serviço de Proteção ao Índio (SPI). Esse foi o contexto que motivou a expedição realizada pelo procurador Jader Figueiredo, que produziu o relato de 7 mil páginas que inclui o roubo de terras indígenas, tortura e extermínio de tribos inteiras no Brasil durante o período da ditadura militar:
“O que estamos vendo acontecer agora no Mato Grosso do Sul é reflexo do que foi feito pelo Estado sobre terras indígenas”
comentou o pesquisador Marcelo Zelic, coordenador do projeto Armazém Memória, vice-presidente do grupo Tortura Nunca Mais. Foi Marcelo Zelic quem encontrou o Relatório Figueiredo no Museu do Índio, no Rio de Janeiro.
O documento, que se julgava ter sido destruído em um incêndio no Ministério da Agricultura, em junho de 1967, relata métodos cruéis de tortura praticados contra índios com o apoio do extinto Serviço de Proteção ao Índio (SPI), órgão criado em 1910, quando várias frentes de expansão para o interior do País promoviam um verdadeiro massacre da população nativa que resistia ao chamado “avanço da civilização”.
A informação de que o documento não havia sido destruído foi revelada em abril, pelo jornal O Estado de Minas. Loteamento Para Zelic, o relatório contém um conjunto probatório sobre a espoliação de terras no Mato Grosso do Sul. Além dos depoimentos das CPIs, o relatório detalha também como famílias que se tornaram tradicionais no campo se apossaram de terras indígenas.
No caso da Colônia Tereza Cristina, por exemplo, o Relatório Figueiredo contém um mapa da área desenhado pelo marechal Cândido Mariano da Silva Rondon no qual consta o nome das famílias que teriam ficado com cada pedaço de terra.
Outro documento importante constante no relatório é o pedido feito pelo Estado do Mato Grosso em 1966 (portanto bem antes da divisão entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul), para explorar a área “para efeito de colonização estadual e aproveitamento de manancial energético”.
Há também no relatório, inquéritos militares para a apuração de venda ilegal de terras indígenas nos quais agentes públicos eram os acusados. Outras provas da apropriação de terras indígenas também estão nas cópias do Diário da Justiça, anexado ao relatório, que aponta nome de pessoas que se apropriaram de terras indígenas no Estado.
O SPI era ligado ao Ministério do Interior e funcionou até 1967, quando foi substituído pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI). O documento leva o nome de seu autor, o procurador Jader de Figueiredo Correia, que morreu em um acidente de ônibus em 1976, aos 53 anos e aponta que o órgão que seria responsável por proteger os índios das violações deu aval para a violência cometida pelas chamadas “frentes civilizatórias”.
Temor de retrocesso O pesquisador Marcelo Zelic teme que atitudes do governo como a de começar a ouvir as pastas da Agricultura e Desenvolvimento Agrário e Combate à Fome nos processos de demarcações de terras indígenas representem uma mudança de rumo na política indigenista no Brasil.
Em depoimento na audiência pública realizada no Senado sobre o relatório, Zelic considerou a mudança um retrocesso:
“Retornar a questão da demarcação das terras indígenas e as políticas públicas voltadas aos índios à esfera de influência do Ministério da Agricultura é um enorme retrocesso civilizatório. E é um retrocesso porque, de fato, as barbaridades que se relatam ali, no Relatório Figueiredo, foram monstruosas”
Destacou:
“O Ministério da Agricultura, como já mostrou a experiência histórica, possui interesses conflitantes, como uma política pública de respeito à cultura, a recuperação de áreas subtraídas, a demarcação e preservação dessas áreas de existência das populações indígenas do Brasil” Justificou.
Crise Na semana passada, a ministra Gleisi Hoffmann, voltou a defender que outros órgãos do governo além da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) participem do processo de demarcação de terras indígenas.
Atualmente, o decreto que trata do tema diz que a FUNAI pode solicitar a ajuda de outros órgãos públicos, mas o governo quer tornar obrigatório ouvir também as pastas que tratam do tema agrário e deve regulamentar essa mudanças até o fim desse semestre.
Também na semana passada, em meio à maior crise indígena do governo Dilma Rousseff, a presidente da FUNAI, Marta Azevedo, deixou o cargo alegando problemas de saúde. Marta pediu para sair após conflitos entre índios terena e fazendeiros no Mato Grosso do Sul, mas também após uma série de posições tomadas pelo Planalto que explicitaram o tom da política indigenista que o governo quer adotar.
O governo também passou a levar em consideração um relatório produzido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) que indica que terras no Paraná, que a Funai pretende ver demarcadas não são ocupadas por índios. A questão diz respeito diretamente à ministra Gleisi Hoffmann que é do Estado e que pretende se candidatar no próximo ano ao governo do Paraná.
“Quando a Ministra Gleisi Hoffmann propõe a influência da Embrapa para discutir o papel da FUNAI, nós estamos voltando a esse passado. Nós não precisamos, pelas histórias que são levantadas, de uma posição que junte os antagônicos para decidir sobre os indígenas”, declarou Zelic.
Na quinta-feira, índios mundurukus se uniram para protestar no Palácio do Planalto contra diversos projetos do governo para a construção de usinas hidrelétricas na Bacia do Rio Tapajós, no Pará e no Mato Grosso. Os índios queriam ser recebidos por Dilma e recusaram uma carta enviadas a eles pela Secretaria-Geral da Presidência da República, designada para resolver o problema. Nesta semana, eles ocupam a sede da FUNAI.
Fonte: http://www.jovensindigenas.org.br/publicacoes/relatorio-mostra-que-conflito-de-terras-indigenas-no-ms-remonta-aos-anos-1950
sábado, 23 de julho de 2016
Para compreender os conflitos entre fazendeiros e indígenas em MS (Parte I)
Por Jorge Eremites e Paulo Esselin (*)
Há muito os problemas que atingem os povos indígenas em Mato Grosso do Sul ganharam manchete na imprensa regional, nacional e internacional. Todos os anos índios são mortos e nada é feito de objetivo para mudar a realidade. Autoridades eleitas pelo povo, como vereadores, deputados estaduais, deputados federais, senadores, prefeitos e governador, mandato após mandato e salvo honrosas exceções, simplificam o problema. Ao fazerem isso, rechaçam o enfrentamento da questão fundiária, causa maior dos conflitos entre fazendeiros e comunidades indígenas.
Além disso, não raramente recorrem ao argumento de culpar instituições alhures pelo etnocídio ou genocídio cultural em andamento no estado: Supremo Tribunal Federal, Governo Federal, Ministério da Justiça, ONGs, Presidência da República, Conselho Indigenista Missionário, Ministério Público Federal, forças alienígenas que desejariam se apoderar do Aquífero Guarani etc. Repetidas vezes, de maneira costumeira, utilizam de sofismas dos mais variados para distorcer a realidade e formar opinião pública contrária à regularização das terras indígenas no país.
Ao fazerem isso, essas autoridades se isentam de quaisquer responsabilidades, terceirizam o problema e lavam as mãos. Afirmam que é a União, e basicamente ela, que pode e deve solucionar os conflitos pela posse da terra, desde que assim o faça a favor dos fazendeiros, aqueles que possuem títulos de propriedade privada da terra e por vezes financiam campanhas eleitorais e projetos de poder.
A questão fundiária, por sua vez, é um problema muito antigo e suas origens remontam aos séculos 18, 19 e 20, quando se deu a origem da propriedade privada da terra na região. Com o final da chamada Guerra do Paraguai (1864-1870), o antigo sul de Mato Grosso, atual Mato Grosso do Sul, passou a ser mais rapidamente colonizado por migrantes oriundos de outras partes do Brasil, além de imigrantes vindos de além-mar e paízes vizinhos. Desde então o espaço regional se configurou como palco de muitos conflitos pela posse da terra, especialmente quando comunidades indígenas tiveram seus territórios invadidos por fazendeiros e militares desmobilizados do exército imperial. A documentação oficial da época, como os relatórios da Diretória dos Índios da Província de Mato Grosso, comprova a situação. Contudo, sem os povos originários esta parte da bacia platina não estaria incorporada ao território nacional.
Foi graças às alianças com os indígenas, feitas desde o século 18, que Portugal estabeleceu sua hegemonia na porção central da América do Sul. Posteriormente, quando o Brasil tornou-se Estado-nação, as alianças permaneceram durante o período imperial. Exemplo disso foi o protagonismo que os indígenas tiveram na defesa do território nacional durante a Guerra do Paraguai. Autores renomados como o Visconde de Taunay, apenas para citar um exemplo, extenderam-se sobre o assunto e teceram elogios à participação dos Terena, Kinikinao, Kadiwéu, Guató e outros povos que, sozinhos ou ao lado do exército imperial, combateram as tropas invasoras do Paraguai na década de 1860.
Com o fim do conflito bélico platino houve a expansão da fronteira pastoril e, consequentemente, o aumento da titulação dolosa de territórios indígenas a favor de terceiros. A partir de então os povos originários passaram a ter suas terras usurpadas e via de regra não tinham a quem recorrer. Esta é uma das marcas colonialistas da formação do Estado Brasileiro e da propriedade privada da terra em Mato Grosso do Sul.
Neste contexto foi ainda imposto aos Guarani, Kaiowá, Terena e outros indígenas uma forma perversa de exploração da força de trabalho, análoga à escravidão moderna, baseada no conhecido sistema do barracão. Durante a primeira metade do século 20, muitos fazendeiros tinham transformado milhares de indígenas na principal mão-de-obra a ser explorada nas propriedades rurais que eram organizadas no antigo sul de Mato Grosso. Esta situação é verificada na fronteira com o Paraguai e a Bolívia, na Serra de Maracaju e em praticamente todo o estado.
Milhares de indígenas passaram a trabalhar na condição de vaqueiros e em outras atividades econômicas, tais como: lavoura, colheita e preparo da erva-mate, exploração de ipecacuanha, transporte fluvial etc. Muitas mulheres foram ainda “pegas a laço”, violentadas e forçadas a se casar com não-índios, história esta presente na memória de muitos dos antigos (sul) mato-grossenses. Apesar disso tudo, os índios pouco usufruiram das riquezas que produziram e passaram a viver em situações cada vez mais difíceis, sobremaneira quando suas roças foram invadidas pelo gado e os fazendeiros mandaram derrubar as matas existentes em seus territórios. Depois de formadas as propriedades rurais, especiamente entre os anos de 1950 a 1970, a mão-de-obra indígena foi dispensada de muitas fazendas.
Neste contexto histórico, marcado pela expansão do agronegócio no Centro-Oeste, dezenas de comunidades indígenas, as quais ainda conseguiam viver no fundo das fazendas, foram expulsas das terras de ocupação tradicional. Este processo de esbulho foi concluído na década de 1980.
No começo do século 20, Cândido Mariano da Silva Rondon, posteriormente conhecido como Marechal Rondon, à frente da Comissão de Linhas Telegráficas do Estado de Mato Grosso, deixou registrado os ataques que fazendeiros desfechavam contra os indígenas, como ocorria na bacia do rio Taboco. Em suas palavras: “[...] eivados da falsa noção de que o índio deve ser tratado e exterminado como uma fera contra o qual devem fazer convergir todas as suas armas de guerra, os fazendeiros ao invés de reconciliarem-se com os silvícolas trucidavam homens, mulheres e crianças e aprisionando os que não havia logrado fugir”.
Segundo Rondon, não contentes com os assassinatos, alguns fazendeiros “abriam os ventres de índias que se achavam em adiantado estado de gravidez”. Ações desta natureza são definidas como etnocídio e persistem, com outras roupagens, até o tempo presente. Por isso em Mato Grosso do Sul os indígenas são percebidos por muitos como não-humanos, chamados pejorativamente de “bugres”.
Dessa forma, no âmbito da constituição do Estado Brasileiro e da formação da sociedade nacional, foram registradas sucessivas tentativas de exploração, dominação e até extermínio contra os povos indígenas. À medida que se estabeleceram na região, fazendeiros incorporaram territórios indígenas ao seu patrimônio. Muitos conseguiram isso requerendo junto às autoridades estaduais, sem muitas dificuldades e por meio pouco ortodoxos, títulos de propriedade privada da terra. Muitas áreas atingiam um tamanho tal que era demarcada vagamente em função da particularidade geográfica de cada região: córregos, rios, morros etc. Embora tivessem logrado a titularidade de vastas extensões, frequentemente não tomaram posse imediata das terras, onde comunidades indígenas conseguiram permanecer, de maneira mansa e pacífica, por décadas sem grandes infortúnios.
À frente desses fazendeiros emergiu um grupo de proprietários de terra que se enriqueceu ao longo dos anos e, aproveitando-se da influência que tinham nos governos municipais, estadual e federal, ganhou poderes sobre pessoas e coisas. Mais ainda, promoveu todo tipo de violação dos direitos elementares dos povos indígenas. Constituiu-se, assim, uma elite ruralista com muita influência nos poderes constituídos na República, isto é, no próprio Estado Brasileiro. Seus feitos são enaltecidos por uma historiografia colonialista, geralmente financiada com dinheiro público, ligada à construção de uma história oficial e de uma identidade sul-mato-grossense, geralmente em oposição à de Mato Grosso, particularmente de Cuiabá.
Assim, no tempo presente observamos mais uma situação de conflitos entre ruralistas e comunidades Guarani, Kaiowá e Terena. O resultado disso foi mais um indígena assassinado durante a retomada de uma área oficialmente declarada como terra indígena, chamada Ñande Ru Marangatu, localizada no município de Antônio João, na fronteira com o Paraguai. Sobre o assunto, até o momento nenhuma autoridade esclareceu de onde veio o tiro que no dia 29 de agosto de 2015 ceifou a vida do Kaiowá Simeão Fernandes Vilhalba, 24 anos. A julgar pelo histórico do assassinato de indígenas no estado, como aconteceu com Nelson Franco (1952) e Marçal de Souza (1983), este será mais um caso em que os criminosos permanecerão impunes.
As autoridades máximas estaduais, com destaque para o governador do estado, em tese teriam a obrigação de contribuir positivamente para a elucidação dos fatos e repressão a todo tipo de violência armada contra povos originários. Trata-se de uma responsabilidade inerente ao cargo para o qual foram eleitos e em defesa do Estado Democrático de Direito, cujo conceito não se limita à defesa da propriedade privada da terra e da classe social à qual pertencem. Todavia, uma conduta desse tipo é incompatível com o protagonismo que certas autoridades tiveram no chamado Leilão da Resistência, ação planejada e executada por ruralistas para arrecadar fundos e financiar ações contra a retomada de terras indígenas, com a contratação de milícias armadas, tal qual noticiado pela imprensa desde 2013.
Por isso em Mato Grosso do Sul há uma situação peculiar da qual parte da população do estado não sente orgulho: quem não é fazendeiro, será tratado como boi bagual e, portanto, como não-humano ou animal selvagem, sobretudo os povos originários, comunidades tradicionais e segmentos de classes sociais em situação de vulnerabilidade social.
quarta-feira, 20 de julho de 2016
O que é kazoo?
O Kazoo é um instrumento de sopro que adiciona um timbre de zumbido à voz do instrumentista quando se vocaliza no instrumento. O kazoo é um tipo de mirlitão, um dispositivo que modifica o som da voz de uma pessoa através de uma membrana vibratória.
HISTÓRIA
Esses instrumentos têm sido utilizados na África há centenas de anos, para disfarçar o som da voz de alguém ou para imitar os animais, muitas vezes para vários fins cerimoniais. Foi sobre estes instrumentos que o kazoo, inventado no século 19 por um Afro-americano chamado Alabama Vest em Macon, Georgia, Estados Unidos, se baseia. O primeiro kazoo foi divulgado na feira do estado da Georgia em 1852. Os primeiros kazoos de metal foram fabricados e patenteados em Éden, Nova Iorque, onde ainda são feitos na fábrica original.
terça-feira, 10 de maio de 2016
"... o vento fresco da tarde..."
Um bem-te-vi me visita todas as manhãs. Assenta-se no peitoril da janela e se põe a dar bicadas no vidro. Por que ele bica o vidro? Porque ele vê um bem-te-vi assentado no peitoril da janela, bem à sua frente. Inimigo. Como se atreve a invadir o seu espaço? Não conhece ele as regras dos pássaros, que cada pássaro tem um espaço que é só seu e que não pode ser invadido por estranhos? Umas valentes bicadas vão ensinar-lhe quem é que manda ali. E lá vão as bicadas... Mas o danado do invasor é muito rápido. Parece adivinhar o que ele vai fazer. Ele também bica, no exato momento, no exato lugar da sua bicada. Os dois bicos se chocam e o outro não se abala. Depois de várias tentativas frustradas ele se sente derrotado e vai embora. No dia seguinte, esquecido do que aconteceu, ele volta e repete tudo o que havia feito na véspera. O bem-te-vi não aprende. Ele não desconfia... Bem-te-vis não sabem o que são espelhos.
Nem todos sabem o que são espelhos. Jorge Luis Borges conta de um selvagem que caiu morto de susto ao ver pela primeira vez sua imagem refletida no espelho. Ele pensou que seu rosto havia sido roubado por aquele objeto mágico. É verdade que, vez por outra, também nos assustamos ao ver nossa própria imagem refletida num espelho - mas por outras razões. Nem sempre é prazeroso ver o nosso próprio rosto.
O místico Ângelus Silésius disse, num poema, que nós temos dois olhos. Com um olho nós vemos as coisas do mundo de fora, efêmeras. Com o outro nos vemos as coisas do mundo de dentro, eternas.
Efêmeras são as nuvens, efêmeras são as florações dos ipês, efêmero é o nosso próprio rosto. Heráclito, filósofo grego, para falar do efêmero das coisas, disse que elas são rio, que elas são fogo. O rio é sempre outro. O fogo é sempre outro. A cada momento que passa as coisas que eram não são mais. Todas as coisas do mundo de fora, efêmeras, se refletem em espelhos. Olhamos para a superfície do lago, espelho. Nele aparecem refletidas as nuvens, os ipês, o nosso rosto. E sabemos que são reflexos. Ao vê-las não nos comportamos como o bem-te-vi.
Mas dentro de nós existe um outro mundo que está fora do tempo. Na memória ficam guardadas as coisas que amamos e perdemos. Não existem mais, no mundo de fora. Mas são reais, no mundo de dentro. Como disse a Adélia Prado, "aquilo que a memória ama fica eterno". Na alma as coisas ficam eternas porque ela, a memória, é o lugar do amor. E o amor não suporta que as coisas amadas sejam engolidas pelo tempo.
As coisas que existem no mundo de dentro aparecem refletidas no espelho da fantasia. A fantasia é o espelho da alma. Muitas pessoas, contemplando as imagens que aparecem refletidas no espelho da fantasia, as tomam como realidade. Comportam-se como o bem-te-vi. Quem se comporta como o bem-te-vi, confundindo imagens com a realidade, é louco.
Muitas são as expressões do espelho da fantasia. Os sonhos, por exemplo. Ninguém confunde os sonhos com a realidade de fora. Os sonhos são imagens do mundo de dentro. Reflexos da alma. Também a arte. Um quadro de Van Gogh não é um reflexo do mundo de fora. Pintores não pintam o mundo de fora. Por que pintá-lo, se ele já existe? Um quadro de Van Gogh é o mundo, tal como ele aparece refletido na alma do pintor. Em qualquer quadro está refletido o rosto da alma. O mesmo é verdadeiro das imagens da religião. As imagens da religião não são imagens de um mundo que existe do lado de fora. São imagens do mundo que existe do lado de dentro. Retratos da alma. Conte-me sobre a sua religião e eu lhe direi como é a sua alma. Muitas pessoas, possuídas pela loucura do bem-te-vi, tomam as imagens da religião como reflexos de coisas que existem no mundo de fora. E, assombrados ou embriagados por elas, fazem as coisas mais incríveis.
Dentre as mais belas imagens jamais produzidas pela religião estão os poemas da Criação. Os bem-te-vis lêem os poemas da criação e pensam que eles são descrições de eventos que aconteceram do lado de fora, efêmeros, no tempo. E aí se põe a brigar com a ciência. A ciência, essa sim, são os reflexos do mundo de fora. E acontece que os reflexos da ciência são diferentes dos reflexos da religião: um Big-Bang, milhões de galáxias, a progressiva evolução da vida, o homem emergindo dos animais ditos inferiores, através de um longo processo, no tempo. Os bem-te-vis brigam com a ciência, sem se dar conta de que os poemas sagradas nada sabem sobre o mundo de fora. Eles só sabem sobre o mundo de dentro. Esses poemas não são ciência. Não pretendem dizer aquilo que aconteceu lá fora, no mundo do tempo. São poesia. Descrevem o eterno caminho da alma em busca da felicidade, em busca do Paraíso. A alma é bela porque nela mora, eternamente um Paraíso perdido... Deus é o nosso reflexo, no espelho... Está dito no próprio poema que Deus nos criou como imagem de si mesmo. Deus se vê ao nos contemplar. E nós nos vemos, ao contempla-lo. Deus é a nossa imagem refletida no espelho da fantasia. Como disse Ângelus Silésius, "o olho com que Deus nos vê é o mesmo olho com que o vemos..."
O que teria levado Deus a criar? Quando estamos felizes não pensamos em criar. Não é preciso. O gozo da felicidade nos basta. O impulso criativo nos vem quando sentimos que algo está faltado, que a vida poderia ser melhor. Criamos para curar nossa infelicidade. O poeta alemão Heine escreveu um poema "A canção do Criador", no qual ele diz que Deus criou porque estava doente. Criou para ficar com saúde. Deus só pode ter criado porque o seu mundo de espíritos, anjos e realidades espirituais não lhe bastava. Ele tinha fome de formas, cores, perfumes, sons, gostos. A Criação é o banquete que Deus preparou para sua fome. Deus tem fome de matéria. Deus tem fome de beleza. A Criação é o poema que descreve a culinária divina. Aquilo que Ele criou, isso é o que lhe dá prazer. Ninguém irá pensar que Deus pode criar algo pior do que o que já existia. Se criou algo novo, é porque esse novo era melhor: o nosso mundo é melhor do que aquilo que havia desde toda eternidade...
"No princípio de todas as coisas a terra era sem forma, vazia, e o Espírito de Deus pairava sobre a face das águas... E disse Deus: 'Haja luz'. E houve luz! E viu Deus que era bom". Assim se inicia o poema: com o que de mais espiritual existe. Haverá coisa mais espiritual que a luz? Era bom, mas não o suficiente. Se fosse suficiente, Deus teria ficado feliz. Mas não ficou. E conta o poema que a criação vai acontecendo, num processo de afunilamento - dos espaços espirituais infinitos para espaços cada vez mais limitados e definidos: o sol, a lua, as estrelas, a terra seca, as águas. Tudo muito bom, mas não o suficiente. Até que chega o momento culminante: Deus cria um pequeno espaço, um jardim - um Paraíso.
Um jardim é uma excitação aos sentidos. De que adiantariam as cores das flores se não houvesse olhos que as percebessem? De que adiantariam os seus perfumes se não houvesse narizes que os sentissem? De que adiantariam os gostos das frutas se não houvesse bocas que se deleitassem com eles? Um jardim é um objeto de felicidade. Terminada a sua criação, diz o texto sagrado: " ... e viu Deus que era muito bom." Nada de melhor poderia existir. Diz ainda o texto sagrado que aquele jardim era "um lugar de deleites." O movimento do espírito é na direção da matéria. Como espírito puro ele está infeliz, incompleto. Como uma canção que nunca é cantada. Quando o espírito dá forma à matéria, aí temos a beleza. E, com a beleza, a alegria. Deus nos criou para a alegria. E a felicidade de Deus foi tanta que ele abandonou os espaços infinitos e eternos e passou a "passear pelo jardim no vento fresco da tarde." Ah! Então Deus tem prazer no vento fresco da tarde... Se Deus tem prazer no vento fresco da tarde o vento fresco da tarde é divino. Ser espiritual é gozar o vento fresco da tarde, gozar o perfume dos jasmins, sentir o gosto das frutas, deleitar-se na forma e nas cores das flores, amar as montanhas distantes, entregar-se ao frio da água das cachoeiras, sentir o arrepio nas carícias da pele. Deus amou tanto esse mundo de prazeres que ele mesmo criou - melhor não poderia ter sido criado - que resolveu tornar-se homem. Ser homem, de carne e osso, com olhos, ouvidos, nariz, boca, pele é melhor que ser espírito puro. Você quer ser espiritual? Abra os olhos e ande pelo jardim. No universo inteiro não existe nada mais divino...
Michelangelo por acaso pensaria que o mármore é coisa inferior? Mas como? Sem o mármore a Pietà nunca seria vista e amada! E ele ficaria feliz se não tivesse mãos, porque assim a Pietà permaneceria para sempre espírito puro! Deus por acaso acharia que o corpo é coisa inferior? Mas como? Sem o corpo o Verbo nunca viveria como carne e ele, Deus, amaria a morte. Porque com a morte o homem permaneceria para sempre espírito puro...
Espiritual é o jardineiro que planta o jardim, o pintor que pinta o quadro, o cozinheiro que faz a comida, o arquiteto que faz a casa, o casal que gera um filho, o poeta que escreve o poema, o marceneiro que faz a cadeira. A criatividade deseja tornar-se sensível. E quando isso acontece, eis a beleza!
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sábado, 5 de dezembro de 2015
quarta-feira, 28 de janeiro de 2015
Doença grave permite saque FGTS
Doença grave permite saque do FGTS
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) pode ser sacado integralmente em diversas situações, não necessariamente por conta de demissão sem justa causa. Doenças como câncer e Aids permitem ao trabalhador o resgate do saldo da conta vinculada do FGTS. Não somente no caso do titular da conta do FGTS está doente, mas quando qualquer um de seus dependentes estiver acometido pelo câncer ou portador do vírus HIV.
No ano passado, 32,6 mil trabalhadores, com neoplasia maligna, sacaram o FGTS, o equivalente a R$ 137,4 milhões. Já 29,2 mil trabalhadores portadores de HIV resgataram R$ 34, 2 milhões da conta vinculada do FGTS.
Trabalhadores com câncer e com vírus HIV também podem retirar o PIS/Pasep de contas cadastradas no sistema antes de 4 de outubro de 1988. As cotas são de responsabilidade do Ministério da Fazenda. O Fundo PIS/Pasep é resultante da unificação dos fundos constituídos com recursos do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep).
Como requerer – Para requerer, o beneficiário deve se dirigir a uma das agências da Caixa Econômica.
Para os doentes com HIV, é preciso apresentar carteira de trabalho, comprovante de inscrição no PIS/Pasep, atestado médico fornecido para a Previdência Social ou por órgão oficial de previdência social estadual ou municipal, com menção à Lei nº 7.670/88, exames laboratoriais correspondentes, comprovação de dependência, quando o portador da doença não for o titular da conta do FGTS.
Para os casos de neoplasias, carteira de trabalho, comprovante de inscrição no PIS/Pasep, atestado médico fornecido para a Previdência Social ou por órgão oficial de previdência social estadual ou municipal, com menção à Lei nº 8.922/94, exames histológicos ou anatopatológicos, conforme o caso, e comprovação de dependência, quando o portador da doença não for o titular da conta do FGTS;
Outros casos – A movimentação da conta vinculada do FGTS também pode ser feita por extinção total da empresa, fechamento de quaisquer de seus estabelecimentos, filiais ou agências, por exemplo. Por aposentadoria, falecimento do trabalhador, pagamento de parte das prestações decorrentes de financiamento habitacional no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), liquidação ou amortização do saldo devedor do financiamento; quando o titular da conta vinculada tem idade igual ou superior a 70 anos; permanência da conta por três anos ininterruptos sem depósito, para os contratos rescindidos até 13 de julho de 1990 e para os demais contratos, com a permanência do trabalhador por três anos ininterruptos fora do regime do FGTS; aplicação em quotas de Fundos Mútuos de Privatização, regidos pela Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976, sendo permitida a utilização máxima de 50% do saldo.
Está prevista, ainda, a possibilidade de retirada do saldo do FGTS, nos casos de necessidade pessoal em urgências e gravidades decorrentes de desastre natural, com limite de R$ 2,6 mil por pessoa. Serão observadas as seguintes condições: o trabalhador deverá ser residente em áreas comprovadamente atingidas de município ou do Distrito Federal em situação de emergência ou em estado de calamidade pública, formalmente reconhecidos pelo governo federal. A solicitação de movimentação da conta vinculada será admitida até 90 dias após a publicação do ato de reconhecimento, pelo governo federal, da situação de emergência ou de estado de calamidade pública.
A Lei nº 8.036/90, que dispõe sobre o FGTS, determina ainda que o trabalhador pode resgatar o valor do saldo do fundo quando ele ou qualquer de seus dependentes estiver em estágio terminal, em razão de doença grave. Porém, o inciso 14º do artigo 20, que trata deste item, está em fase de regulamentação. Apesar de o texto ter sido incluído na lei em 2001, o inciso precisa ser regulamentado por decreto.
FONTE:http://machadoadvogados.com.br/biblioteca/publicacoes/noticias/doena-grave-permite-saque-fgts/
terça-feira, 27 de janeiro de 2015
Armas da Persuasão - Sugestão de Leitura
Armas da Persuasão 2013 - Robert Cialdini
O cerne do livro se encontra em seis princípios psicológicos básicos governam o comportamento humano quando tomamos uma decisão e podem ser usados como verdadeiras armas:
1. Reciprocidade: nos sentimos compelidos a retribuir, nem sempre de forma vantajosa para nós, o que outra pessoa nos proporcionou.
2. Compromisso e coerência: depois que fazemos uma escolha, enfrentamos pressões para nos comportarmos de maneira condizente com o compromisso assumido.
3. Aprovação social: buscamos nos outros indícios do comportamento mais apropriado a seguir.
4. Afeição: preferimos acatar pedidos de pessoas que conhecemos e de que gostamos.
5. Autoridade: temos um arraigado senso de obediência à autoridade.
6. Escassez: tudo se torna mais valioso quando fica menos disponível.
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terça-feira, 16 de setembro de 2014
Precisamos ter dedicação total
(Ayrton Senna)
sexta-feira, 5 de setembro de 2014
Três empresas bancam 39% da campanha
Construtoras OAS e Andrade Gutierrez estão em primeiro e terceiro lugar na lista de maiores doadores, completada pelo frigorífico JBS
A Construtora OAS, o frigorífico JBS e a Construtora Andrade Gutierrez são os três principais financiadores da campanha até o momento, de acordo com a segunda prestação parcial de contas apresentada pelos candidatos à Justiça Eleitoral. Juntas, as três empresas doaram quase R$ 64 milhões, 39% do total de recursos que entrou na contabilidade oficial dos três principais concorrentes ao Planalto.
As doações das três maiores beneficiaram principalmente a presidente Dilma Rousseff (PT), que disparou no ranking de arrecadação. Depois de sair atrás de Aécio Neves (PSDB) no primeiro mês de campanha, ela se recuperou na segunda parcial da prestação de contas, cujo prazo para entrega se esgotou na terça-feira. No total, a petista já arrecadou R$ 123,6 milhões até agora – cerca de cinco vezes o valor declarado pelas contas da campanha presidencial do PSB, partido de Marina Silva, sua principal adversária.
Dilma arrecadou sozinha mais da metade dos cerca de R$ 200 milhões declarados por todos os presidenciáveis nas duas parciais entregues ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) antes das eleições. Em segundo lugar vem Aécio, com R$ 44,5 milhões. Marina Silva ainda não tem registros de doações em seu nome, pois sua candidatura ainda precisa ser deferida pelo TSE. O total arrecadado na conta do ex-candidato do PSB Eduardo Campos e em seu comitê chega até agora a R$ 24 milhões.
A OAS é a líder no ranking de doações, com R$ 26,1 milhões repassados nos três primeiros meses de campanha. A principal beneficiária foi Dilma, que recebeu 77% do total. O JBS vem logo a seguir, com R$ 26 milhões (a conta incluiu a Flora Produtos de Higiene e Limpeza, outra empresa do grupo). A Andrade Gutierrez doou R$ 11,8 milhões.
Os dados foram calculados pelo Estadão Dados em parceria com a Transparência Brasil, com base nos registros contábeis apresentados pelas campanhas à Justiça Eleitoral. Foram levadas em consideração todas as doações nas contas da campanha de cada candidato e do comitê para presidente, além do dinheiro que saiu das direções nacionais dos partidos para essas duas contas.
Segundo o diretor executivo da Transparência Brasil, Claudio Weber Abramo, o valor parcial das doações aos candidatos a presidente neste ano já se aproxima do que foi doado ao longo de toda a eleição de 2010, incluindo o segundo turno – quando os valores são corrigidos para eliminar o efeito da inflação. Se as doações continuarem nesse ritmo, 2014 terá uma campanha ainda mais cara do que a anterior. É uma tendência que se repete desde 2002.
Uma parte do aumento das doações pode ser creditada à diminuição do caixa 2 e à maior eficácia dos mecanismos de controle, diz Abramo. Mas outra parte é aumento de custos.
Balanço. O Estado constatou diversas inconsistências na contabilidade do PSB. Na conta da direção nacional do partido, por exemplo, há registro de repasses para a conta do comitê de Eduardo Campos, mas estes não aparecem como receita na contabilidade do mesmo comitê. Também acontece o contrário: na conta do comitê aparecem repasses vindos do partido, mas estes não estão na contabilidade da legenda. Ainda assim, o Estado conseguiu mapear todas as doações de pessoas físicas e jurídicas.
Além dos recursos que já caíram nas contas de candidatos e comitês, os três partidos ainda têm dinheiro em caixa, que pode ou não ser repassado para as campanhas presidenciais. O PT tem R$ 2 milhões, diferença entre os R$ 66,5 milhões que recebeu em doações e os R$ 64,5 milhões que distribuiu a diversas campanhas – principalmente aos candidatos a governador do partido. O PSDB está com uma sobra de caixa ainda maior: R$ 4,4 milhões. O PSB, por sua vez, dispõe de R$ 2,6 milhões para distribuir entre seus candidatos.
FONTE: O Estadão
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segunda-feira, 1 de setembro de 2014
Cooperar para vencer!
Página 34 a Arte do Chute - Sapoia
quarta-feira, 27 de agosto de 2014
Eu sou metal - raio, relâmpago e trovão
Metal Contra As Nuvens
Legião Urbana
Não sou escravo de ninguém
Ninguém é senhor do meu domínio
Sei o que devo defender
E por valor eu tenho
E temo o que agora se desfaz
Viajamos sete léguas
Por entre abismos e florestas
Por Deus nunca me vi tão só
É a própria fé o que destrói
Estes são dias desleais
Eu sou metal
Raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal
Eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal
Sabe-me o sopro do dragão
Reconheço meu pesar
Quando tudo é traição
O que venho encontrar
É a virtude em outras mãos.
Minha terra é a terra que é minha
E sempre será
Minha terra
Tem a lua, tem estrelas
E sempre terá
Quase acreditei na tua promessa
E o que vejo é fome e destruição
Perdi a minha sela e a minha espada
Perdi o meu castelo e minha princesa
Quase acreditei, quase acreditei
E, por honra, se existir verdade
Existem os tolos e existe o ladrão
E há quem se alimente do que é roubo.
Mas vou guardar o meu tesouro
Caso você esteja mentindo.
Olha o sopro do dragão (4x)
É a verdade o que assombra
O descaso que condena
A estupidez o que destrói
Eu vejo tudo que se foi
E o que não existe mais
Tenho os sentidos já dormentes
O corpo quer, a alma entende
Esta é a terra-de-ninguém
Sei que devo resistir
Eu quero a espada em minhas mãos
Eu sou metal - raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal: eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal: me sabe o sopro do dragão
Não me entrego sem lutar
Tenho ainda coração
Não aprendi a me render
Que caia o inimigo então
Tudo passa
Tudo passará (3x)
E nossa história
Não estará
Pelo avesso assim
Sem final feliz
Teremos coisas bonitas pra contar
E até lá
Vamos viver
Temos muito ainda por fazer
Não olhe pra trás
Apenas começamos
O mundo começa agora, ahh!
Apenas começamos.
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segunda-feira, 25 de agosto de 2014
Este é o Sistema Carcerário do Brasil?
Presos são decapitados em rebelião no Paraná
Negociações foram suspensas até segunda-feira; rebelião começou na manhã de domingo e pelo menos quatro pessoas foram mortas
CASCAVEL - Sem um sinal para o fim da rebelião na Penitenciária Estadual de Cascavel (PEC), no oeste do Paraná, integrantes da Polícia Militar (PM) e da Secretaria de Justiça do Paraná decidiram suspender as negociações na noite deste domingo, 24. De acordo com a PM, a retomada das conversas com os rebelados será feita na manhã desta segunda-feira, 25.
A rebelião na penitenciária começou por volta das seis da manhã deste domingo, depois que um grupo de detentos rendeu um agente penitenciário que se preparava para abrir as celas para o café da manhã. Pelo menos quatro detentos foram mortos, sendo dois deles decapitados pelos amotinados.
O motim avançou pela noite e dois agentes penitenciários continuam como reféns dos detentos. Estima-se que mais de 600 presos aderiram ao motim. A unidade conta com 1040 condenados. Por enquanto, o Departamento Penitenciário do Paraná (Depen) não divulgou se há outros feridos dentro do complexo prisional.
A PM não informou o número de policiais que estão concentrados no local, mas estima-se que passa de 200, incluindo grupos de operações especiais. A PM também não quis comentar se há um plano para invasão do prédio, que ficou destruído pela ação dos amotinados.
Para aliviar a tensão, 75 presos foram transferidos para a Penitenciária Industrial de Cascavel, que fica no mesmo complexo da PEC. Eles ficaram isolados em uma ala da penitenciária e estavam sendo ameaçados pelos rebelados. O grupo deve ser transferido na segunda-feira para as Penitenciárias de Francisco Beltrão e de Maringá.
O presidente da Comissão dos Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Subseção de Cascavel, Amarildo Horvath, relatou aos jornalistas que praticamente as 24 galerias do complexo prisional foram danificadas. A rebelião teria sido motivada pelos maus-tratos, qualidade da alimentação e falta de assistência jurídica, uma vez que muitos detentos teriam direito à revisão de pena.
Ao todo cinco presos foram jogados do telhado da penitenciária, que tem capacidade para 1.116 condenados e abrigava 1.040, segundo o Depen. Eles caíram de uma altura de 15 metros e as equipes do Corpo de Bombeiros demoraram cerca de três horas para ter acesso com segurança ao local onde estavam os feridos. Dois deles foram encaminhados com ferimentos diversos para o Hospital Universitário.
O Departamento Penitenciário informou que um dos mortos é um ex-policial civil que estava preso por comandar um esquema de furto e desvio de peças de veículos apreendidos que ficavam no pátio da 15ª Subdivisão Policial de Cascavel. As negociações com os líderes da rebelião estão sendo feitas pelo diretor do Depen, Cezinando Paredes.
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sábado, 23 de agosto de 2014
BEBÊS, vale a pena conferir!
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sexta-feira, 22 de agosto de 2014
quarta-feira, 20 de agosto de 2014
BEBÊS PRIMATAS
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Depende de quando e como você me vê passar."
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